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Provérbios 23.7 ensina que a realidade pode ser modelada pelos nossos pensamentos, como alegam os cientistas cristãos?

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Salomão disse que um ho­mem, "como imaginou na sua alma, assim é". Os adep­tos da seita Ciência Cristã citam esse verso como argu­mento à sua crença de que uma pessoa é capaz de mol­dar a realidade através de seus pensamentos (Eddy, 70). Então, qualquer pessoa que esteja enferma pode ser cu­rada simplesmente através da atitude de não dar crédito à situação que está vivendo.

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Não existe nada nesse texto que justifique as assim chamadas "ciências mentais". Na verdade, a Bíblia na versão New International Version traduz essa frase como: "Ele é o tipo de homem que está sempre preocupado com os custos". O contexto geral dessa passagem (vv. 6-8) está prevenindo sobre comer "o pão daquele que tem os olhos malignos" (v. 6). Falando daquele que possui olhos ma­lignos, o verso 7 diz: "Ele te dirá: Come e bebe; mas o seu coração não estará contigo". Esse fato está de acordo com a idéia de que o coração do avarento não está lá porque "está sempre preocupado com os custos", como traduzido pela versão NIV.

Mesmo sendo esse verso assim traduzido: "Como ima­ginou na sua alma, assim é", não se tem por conseqüên­cia que ele dê base à visão da seita Ciência Cristã. O verso não diz absolutamente nada sobre uma mudança da realidade através de nossos pensamentos. O texto ape­nas diz que somos da maneira como pensamos. Os nossos pensamentos representam o nosso verdadeiro modo de ser.

Isso, é claro, não significa que haja algo errado com uma boa e positiva atitude mental (confira Fp 4.8). Tam­bém não significa que a nossa atitude não afete a nossa saúde. "O coração alegre aformoseia o rosto, mas, pela dor do coração, o espírito se abate" (Pv 15.13). Mas isso é insuficiente para justificar a alegação da seita Ciência Cristã de que podemos criar a nossa própria realidade através do poder do pensamento. Por exemplo, uma pes­soa não pode evitar a morte apenas pela atitude de ex­pulsar tal pensamento (Hb 9.27).

Além do mais, deve-se reconhecer que o ser humano, incluindo o seu pensamento e a sua imaginação, está ca­ído (Gn 6.5). Os cientistas cristãos estão cegos para a realidade de que utilizam um equipamento danificado, capaz de desviá-los da direção correta. Quão melhor é confiar nas seguras promessas do Deus de amor para as provisões necessárias à vida, ao invés de ter que depen­der das proezas de sua própria imaginação (Mt 6.30).

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Norman G. Geisler e Ron Rhodes - 
CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus

Jesus foi criado por Deus? Provérbios 8.22-31

A MÁ INTERPRETAÇÃO: As Testemunhas de Jeová alegam que a pessoa identificada como "sabedoria" em Provérbios 8.22-31 é Jesus. Uma vez que foi dito que a sabedoria foi criada (v. 24), isso significa que Jesus teria sido um ser criado. "Ele era uma pessoa muito especial, pois foi criado por Deus antes de to­das as outras coisas... Por incontáveis bilhões de anos, antes mesmo que o universo físico fosse criado, Jesus viveu como um ser espiritual no céu, e desfrutou de íntima comunhão com o seu Pai, Jeová Deus, o Gran­de Criador — Provérbios 8.22" (Thegreatest Man who e er lived, 1991, pág.11).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Essa passagem tem sido o tema de muitas disputas tanto entre amigos como entre inimigos da divindade de Cristo. Parece melhor — em vista do contexto e da natureza poética do livro de Provérbios — não tomar essa passa­gem como uma referência direta a qualquer pessoa. Ex­pressões poéticas freqüentemente falam de uma idéia abstrata, como se esta fosse uma pessoa. Essa "personifi­cação" é um modelo comum da literatura de sabedoria hebraica. A sabedoria a que o texto se refere em Provér­bios 8 não é Jesus. Antes, é a personificação da virtude ou do caráter da sabedoria com o propósito de dar ênfa­se e gerar impacto.

Além disso, os nove capítulos iniciais do livro de Pro­vérbios personificam a sabedoria. E não faria muito sen­tido dizer que qualquer desses capítulos se refere direta­mente a Jesus. Depois de tudo, a sabedoria é retratada como uma mulher que clama nas ruas (1.20,21), da qual diz-se que "habita" com a prudência (8.12). É digno de nota que nenhum dos escritores do Novo Testamento aplica Provérbios 8 a Jesus Cristo.

A parte a questão do verso se referir ou não a Jesus, o bom senso nos diz que a sabedoria deve obrigatoria­mente ser tão eterna quanto o próprio Deus, que é a fonte suprema de toda a sabedoria. Nesse sentido, não podemos permitir que Provérbios 8 sequer dê supor­te à idéia de que a sabedoria tenha sido criada. Mais precisamente, o termo hebraico utilizado nessa passa­gem indica que a sabedoria foi "trazida à luz" para desempenhar um papel na criação do universo. Con­forme Provérbios 3.19 posiciona: "O Senhor, com sa­bedoria, fundou a terra; preparou os céus com inteli­gência". Desse modo, alguns comentaristas têm visto apenas um paralelo entre essa passagem e Jesus, a sa­bedoria de Deus (1 Co 1.24; Cl 2.3), que foi o instrumento através de quem o universo foi criado (confira Jo 1.3; Cl 1.16).

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Norman G. Geisler e Ron Rhodes - 
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Todos os que vivem uma vida piedosa são perseguidos, ou apenas alguns? 2 Timóteo 3:12

PROBLEMA: Nesse versículo o apóstolo Paulo faz uma afirmação bastante abrangente, dizendo: "Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos". Isso parece estar em total contradição com a declaração de Salomão de que "sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele" (Pv 16:7, EC). Como essas duas afirmações podem ser verdadeiras?

SOLUÇÃO: Nenhuma dessas duas passagens deve ser entendida como sendo de aplicação universal. Os provérbios eram apenas declarações gerais, e não verdades universais. De igual forma, a declaração de Paulo dificilmente pode se aplicar a pessoas que morram logo depois de sua conversão, ou que vivam num ambiente cristão toda a sua vida.

Mesmo tomado de forma totalmente literal, o fato de se ter "paz" com os inimigos não significa que eles não nos estejam perseguindo. Isso simplesmente quer dizer que o crente, tal como Cristo ordenou, não faz retaliação alguma contra seus inimigos, nem responde às suas agressões (cf. Mt 5:39-40).

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Norman Geisler - Thomas Howe.

Este verso nos encoraja a beber bebidas alcoólicas fortes? Provérbios 31:6

PROBLEMA: Por um lado a Bíblia fala contra a bebida forte, declarando ser ela escarnecedora e alvoroçadora (Pv 20:1). Por outro lado, Salomão declara: "Dai bebida forte aos que perecem, e vinho aos amargurados de espírito". Isso não nos encoraja a beber bebidas alcoólicas fortes?

SOLUÇÃO: A Bíblia condena com vigor o abuso de se beber socialmente a bebida forte (veja os comentários de 1 Timóteo 5:23), mas não o seu uso medicinal. Aqui é claro que se trata de um uso medicinal, já que se diz que a bebida deve ser dada àqueles "que perecem", ou que estejam com profunda dor ou em choque ("amargurados de espírito" ou em "pobreza", v. 7). O uso da bebida desta forma e com este propósito não é proibido nas Escrituras.

Com efeito, o álcool corretamente ministrado tem poder de cura tanto no interior do corpo (1 Tm 5:23) como no seu exterior (Lc 10:34). Mas o abuso da bebida forte e o cair em embriaguez é proibido nas Escrituras (cf. 1 Co 5:11; 1 Tm 3:8).

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Se todas as feras têm medo do homem, por que os leões não temem o homem? Provérbios 30:30

PROBLEMA: Deus disse a Noé: "pavor e medo de vós virão sobre todos os animais da terra" (Gn 9:2). Entretanto, tal não é o caso, já que até mesmo Provérbios 30:30 admite que o leão "não se desvia diante de ninguém" (R-IBB).

SOLUÇÃO: Algumas considerações nos ajudarão a entender esta questão. Primeiro, o "ninguém" pode estar referindo-se a outras feras, e não ao ser humano. Segundo, a menos que estejam desesperadamente esfomeadas, ou defendendo sua prole ou o seu território, as feras se desviam dos seres humanos. Terceiro, quaisquer exceções que possam ocorrer servem apenas para confirmar a regra de que a presença do homem normalmente intimida as formas inferiores de vida.

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É correto cobrir pecados, ou não? Provérbios 28:13

PROBLEMA: Deus nos adverte que "o que encobre as suas transgressões jamais prosperará" (Pv 28:13). Entretanto, noutro texto o Senhor aprova aqueles que têm os seus pecados cobertos, dizendo: "Bem-aventurado aquele... cujo pecado é coberto" (Sl 32:1).

SOLUÇÃO: Para responder, várias diferenças cruciais devem ser observadas. Primeiro, aquele que procura cobrir o seu próprio pecado é condenado, mas aquele que o confessa e que deixa Deus cobrir o seu pecado para si é abençoado. Segundo, no primeiro caso, Deus está condenando encobrir de maneira não justificada o pecado. Na outra passagem, trata-se de um meio de remissão ou de expiação dado por Deus. Terceiro, uma passagem condena todo aquele que procura encobrir o seu próprio pecado. A outra aprova aqueles que permitiram que Deus cobrisse seu pecado pela expiação por meio do sangue.

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A estultícia é corrigível? Provérbios 27:22

PROBLEMA: Provérbios 22:15 ensina que "a estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da disciplina a afastará dela". Mas, de acordo com o versículo em questão, a estultícia é irremediável, porque "ainda que pises o insensato com mão de gral entre grãos pilados de cevada, não se vai dele a sua estultícia".

SOLUÇÃO: Há duas significativas diferenças nestas passagens. Na primeira está-se falando de uma criança, que ainda está em condições de ser ensinada. A outra refere-se a um adulto, para quem não há mais esperança. Além disso, a estultícia corrigível é apenas uma impertinência, ao passo que a estultícia incorrigível está além da esperança.

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Como é que dois mandamentos contraditórios podem ser ambos corretos? Provérbios 26:4-5

PROBLEMA: Provérbios 26:4 diz: "Não respondas ao insensato segundo a sua estultícia"; e o verso 5 nos diz: "Ao insensato responde segundo a sua estultícia". Isso parece ser uma clara contradição.

SOLUÇÃO: Haveria contradição se esses dois versos não fossem acompanhados das frases que os seguem. Nós devemos responder ao insensato segundo a sua estultícia "para que não seja ele sábio aos seus próprios olhos"(v. 5). Mas não devemos responder a ele segundo a sua estultícia para não nos fazermos semelhantes a ele (v. 4). Em outras palavras, depende das circunstâncias. Às vezes devemos e às vezes não devemos responder a um insensato. O sábio saberá distinguir essas ocasiões. E se a alguém falta sabedoria, peça-a a Deus (Tg 1:5).

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Como pode Salomão ter sido o autor de Provérbios, se os homens de Ezequias os transcreveram? Provérbios 25:1

PROBLEMA: O livro de Provérbios reivindica a sua autoria como sendo de Salomão (1:1; 10:1). Judeus conservadores e eruditos cristãos há muito tempo têm atribuído este livro ao rei Salomão. Entretanto, Provérbios 25:1 fala que os homens do rei Ezequias "transcreveram" esses provérbios, muito tempo depois da morte de Salomão. Além disso, os dois últimos capítulos indicam terem sido escritos por Agur (30:1) e pelo rei Lemuel (31:1), e não por Salomão.

SOLUÇÃO: Como Salomão escreveu cerca de 3.000 provérbios (1 Rs 4:32) - muito mais do que se encontra neste livro - é possível que o livro de Provérbios não tenha sido constituído com base nos muitos provérbios de Salomão senão após a sua morte. Sendo assim, então Deus foi quem dirigiu seus servos, que o compilaram de forma a selecionar os que o Senhor queria que constassem em sua Palavra, a qual tem a sua autoridade.

Também é possível que o próprio Salomão tenha escrito o livro de Provérbios, e que a referência à transcrição feita pelos homens de Ezequias tenha sido acrescida posteriormente, quando eles transcreveram o original de Salomão para outro manuscrito. Os dois últimos capítulos podem ter sido incluídos pelo próprio Salomão, ou acrescidos posteriormente, já que eram também sabedoria inspirada, tais como as de Salomão, embora tenham sido escritos por outros homens de Deus, a saber, por Agur (30:1) e por Lemuel (31:1).


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Este verso justifica o fato de quebrar a lei para impedir um aborto? Provérbios 24:11

PROBLEMA: Salomão nos diz: "livra os que estão sendo levados para a morte e salva os que cambaleiam indo para serem mortos" (Pv 24:11). Isso então justifica tentativas ilegais de "resgatar" bebês, impedindo pela força que mulheres grávidas cheguem às clínicas de aborto legalizadas*?

SOLUÇÃO: Esta passagem não justifica quebrar as leis do governo humano, instituído por Deus (cf. Rm 13:1; 1 Pe 2:13), mesmo que creiamos serem leis injustas. Aos crentes somente é permitido desobedecer a lei no caso de ela os compelir à prática do pecado, e não no caso de ela permitir que outra pessoa venha a pecar (veja os comentários de Êx 1:15-21). Se assim não fosse, teríamos de fechar as portas das igrejas não-cristãs e dos templos não-cristãos, em que há pecado por estarem adorando falsos deuses. Certamente devemos desobedecer uma lei que nos queira compelir a adorar ídolos (Dn 3), mas não temos de desobedecer uma que permita que outros façam isso.

Além disso, este texto (Provérbios 24) não dá base para tentativas ilegais de "resgates" por diversas razões. Primeiro, o capítulo não dá respaldo à desobediência civil; ele ordena a obediência civil: "teme ao Senhor, ... e ao rei" (v. 21), onde o temor implica obediência às suas ordens (cf. Rm 13:1,3 e Tt 3:1).

Segundo, os que estão sendo levados à morte (24:11) são vítimas dos que estão quebrando a lei; não são eles próprios que estão fazendo isso.

Em outras palavras, quem tentasse impedir um aborto nessas circunstâncias estaria agindo contrariamente à lei, visto que o aborto legal seria feito de acordo com a lei.

Não há indicação nesta passagem (e em nenhuma outra) de que os crentes tenham o direito de tomarem, de modo ilegal, os direitos legais dos outros, apenas por crerem pessoalmente que certas leis sejam injustas. Nessa mesma linha incorreta de raciocínio de tais "resgatadores", chegaríamos ao ponto de impedir o caminho de qualquer um - de um juiz, do júri ou da polícia - agindo por nossa conta, se acreditássemos que a condenação seria injusta.

Além disso, se fosse certo "resgatar" vidas pelo fechamento das portas daquelas clínicas, então por que não nos livrarmos delas jogando bombas sobre elas, destruindo seus suprimentos de energia, ou até mesmo assassinando as enfermeiras e os médicos envolvidos? Não consideremos nem mesmo a possibilidade de tal coisa!

A verdade é que dois erros não produzem um acerto, e os fins não justificam os meios, mesmo sendo um processo ativo ou passivo de desobedecer um governo humano, instituído por Deus, que tenha estabelecido leis não-compulsórias, que permitem a outros pecar.


* No Brasil, o aborto é ilegal. Há países, contudo, em que essa prátíca já foi legalizada, havendo, inclusive, clínicas especializadas e que funcionam de conformidade com a lei vigente. (N. do E.)

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Como este verso pode ser verdadeiro, já que a experiência nos ensina que as crianças com freqüência abandonam os princípios em que foram educadas? Provérbios 22:6

PROBLEMA: Segundo Provérbios 22:6, se uma criança é educada no caminho em que deve andar, ela não se desviará dele mesmo na idade adulta, Entretanto, a experiência demonstra que isso nem sempre é verdade. A experiência não contradiz, então, este provérbio?

SOLUÇÃO: A experiência não contradiz este provérbio, porque ele é apenas um princípio geral que permite exceções em casos particulares. Os provérbios não foram feitos como garantias absolutas quanto ao que dizem. Pelo contrário, eles expressam verdades que nos suprem com conselhos e diretivas valiosas para uma vida sábia, os quais deveriam ser aplicados à direção de nossa vida diária.

De modo geral, é uma verdade que a educação diligente de pais piedosos influencie os filhos a seguirem nessa linha nos anos posteriores. Entretanto, pode haver circunstâncias, características pessoais e problemas que trabalhem contrariamente à educação que a criança recebeu. O provérbio encoraja os pais a que cumpram com diligência suas responsabilidades, confiando o futuro na graça e na soberania de Deus.

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Esta seção de Provérbios foi copiada do trabalho egípcio intitulado "A Sabedoria de Amenêmope"? Provérbios 22-24

PROBLEMA: Um documento egípcio que contém um livro intitulado "A Sabedoria de Amenêmope" foi descoberto em 1888. Muitas de sua expressões são semelhantes às encontradas em Provérbios 22-24. Entretanto, se estes capítulos de Provérbios forem simplesmente uma cópia daquele livro egípcio, então pelo menos esta seção não pode ter sido escrita por Salomão, como é declarado (cf. 1:1; 25:1).

SOLUÇÃO: Primeiro, não há razão por que Deus não poderia guiar Salomão a usar outras fontes humanas ao escrever a Palavra de Deus. Outros autores das Escrituras fizeram isso (cf. Lucas 1:1-4). Entretanto, não é certo que Salomão tenha usado essa fonte egípcia, pois, embora haja sentenças e expressões bastante semelhantes, o fato é que as diferenças são mais freqüentes que as semelhanças.

Os dois livros abordam o mesmo assunto de maneira geral, e este fato tão-somente pode ser a causa das semelhanças. Além disso, um exame mais cuidadoso feito por eruditos revelou que, se houve cópia, mais provável é que o autor egípcio tenha copiado do texto hebraico, não o inverso. Em última instância, é claro, Deus é a fonte de toda verdade, não importa onde ela seja encontrada. Dessa forma, a sabedoria dos provérbios encontrada nestes capítulos deste livro da Bíblia provém do Espírito Santo, não importando que fonte tenha sido utilizada.

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Os crentes são obrigados a deixar uma herança a seus filhos? Provérbios 13:22


(Veja os comentários de 1 Timóteo 5:8.)

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Deus sempre poupa o justo de desgraças? Provérbios 12:21

PROBLEMA: Em alguns textos a Bíblia promete: "Nenhuma desgraça sobrevém ao justo" (Pv 12:21; cf. 1 Pe 3:13). Mas, em outras passagens, como no caso de Jó, a Bíblia relata como, às vezes, o justo passa por grandes problemas.

SOLUÇÃO: Dois fatores corroboram para explicar esta aparente contradição. Primeiro, a promessa em Provérbios é apenas geral, não universal. Por exemplo, a promessa de que os inimigos do justo com este serão reconciliados por Deus (Pv 16:7) e que com ele estarão em paz certamente não é universal. Paulo agradou a Deus, contudo os seus inimigos o apedrejaram (Atos 14:19). Certamente Jesus agradou a Deus, contudo seus inimigos o crucificaram!

Segundo, não é prometido ao crente que ele não passará por nenhuma tribulação. Com efeito, ele é advertido com as palavras de Jesus: "no mundo, passais por aflições" (Jo 16:33). Deus deliberadamente permitiu que Jó sofresse uma grande tribulação (Jó 1); permitiu que um homem nascesse cego para a sua glória (João 9:3); e que o apóstolo Paulo fosse afligido (2 Co 12:7-9).

A promessa para o crente é que nenhum mal permanente ou definitivo lhe acontecerá. Não há nenhum mal que nos assedie, o qual o Senhor não possa transformar numa bênção ainda maior (cf. Gn 50:20; Rm 8:28).

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Os justos recebem o seu galardão nesta vida ou na próxima? Provérbios 11:31

PROBLEMA: Neste versículo Salomão fala como se a pessoa piedosa recebesse o seu galardão na terra: "Eis que o justo recebe na terra a retribuição; quanto mais o ímpio e o pecador!"(SBTB). Entretanto, a Bíblia repetidamente fala que o galardão do crente é para o futuro, depois da volta de Cristo (cf. 1 Co 3:12-15). Jesus disse: "E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras" (Ap 22:12).

SOLUÇÃO: As nossas recompensas apenas começam nesta vida - e não se completam até a próxima vida. Elas são apenas parcialmente distribuídas na vida terrena; elas serão totalmente dadas no céu. O mesmo é verdade a respeito da punição do ímpio. A mesma justiça que retribui conforme as obras de cada um neste mundo será aplicada também no mundo que virá. A ira de Deus já está recaindo sobre descrentes (Jo 3:36), contudo nos é dito para fugir da ira que virá (Mt 3:7).

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Quem é referido como a "sabedoria" nestes versos? Provérbios 8:22-31

PROBLEMA: Muitos comentaristas declararam que a pessoa identificada como sabedoria em Provérbios 8:22-31 é Jesus, porque 1 Coríntios 1:30 afirma que Jesus é a sabedoria de Deus. Entretanto, embora algumas versões traduzam Provérbios 8:22 como "o Senhor me possuía" (como o faz a ARA), no hebraico a palavra qanah é normalmente traduzida pelo verbo "criar"*. Ora, se este versículo é uma referência a Jesus, por que então ele afirma que o Senhor criou a sabedoria? E se a "sabedoria" em Provérbios não é uma referência a Jesus, então a quem ela se refere?

SOLUÇÃO: Esta passagem não é uma referência direta a nenhuma pessoa. A expressão poética freqüentemente toma a forma de uma idéia abstrata e a ela se refere como se falasse de uma pessoa. Isso é chamado de personificação. A sabedoria aqui referida não é uma referência a Jesus. Antes, é a personificação da virtude ou do caráter da sabedoria com o propósito de causar ênfase e impacto. Entretanto, como Jesus é a perfeita sabedoria de Deus, é o único que personificou e exemplificou com perfeição a sabedoria abordada em Provérbios - pois ele é "em quem todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos" (Cl 2:3).

* Veja a tradução da R-IBB. (N. do T..)


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Como puderam os escritos de Salomão vir a fazer parte das Escrituras, se 1 Reis 11:6 diz que Salomão fez mal aos olhos do Senhor? Provérbios 1:1


PROBLEMA: Salomão começou o seu reinado como um homem que amava o Senhor (1 Reis 3:3). Mais tarde ele começou a desviar-se de seus caminhos e fez o que era mau aos olhos de Deus. Como os escritos de um homem mau puderam tornar-se parte das Escrituras?

SOLUÇÃO: A razão de qualquer livro estar na Bíblia não se encontra na vida do seu autor humano, mas é por ter sido um livro inspirado pelo Espírito Santo (2 Tm 3:16; cf. 2 Pe 1:20-21). Todo autor humano foi um homem pecador. A graça de Deus permitiu que homens fossem usados para comunicar a revelação de Deus. Salomão pediu ao Senhor a capacidade para julgar Israel e o discernimento "entre o bem e o mal" (1 Rs 3:9). Os escritos de Salomão estão na Bíblia porque Deus sobrenaturalmente falou com ele ( 1 Rs 3:10-15) e lhe deu sabedoria para que compartilhasse com outros. Em resumo, ele foi um profeta ou a boca pela qual Deus falou, por mais imperfeito que ele tenha sido.


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