É possível que a face de Deus seja vista? Gênesis 32.30

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Jacó disse: "Tenho visto a Deus face a face, e a minha alma foi salva" (Gn 32.30). Os mórmons alegam que Deus, o Pai, possui um corpo físico com uma face que pode ser vista (Richards, 1978,16).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Em pri­meiro lugar, é possível uma pessoa cega falar com al­guém "face a face", sem ver a face da outra pessoa. A frase "face a face" utilizada em hebraico significa "pesso­almente, diretamente ou intimamente". Moisés teve este tipo de relacionamento sem mediador com Deus. Po­rém, como todos os demais mortais, ele nunca viu a "face" (a essência) de Deus diretamente.

A Bíblia é clara ao dizer que "Deus é espírito" (Jo 4.24). E "um espírito não tem carne nem ossos" (Lc 24.39). Então, Deus não tem uma face física.

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O pecado de Sodoma foi o homossexualismo ou a falta de hospitalidade? Gênesis 19.8

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Algumas pessoas têm ar­gumentado que o pecado de Sodoma e Gomorra foi a falta de hospitalidade, e não o homossexualismo. Eles se baseiam no costume cananeu de garantir proteção àque­les que se hospedam sob o telhado de alguém. Alega-se que Ló se referiu a isso quando disse: "Somente nada façais a estes varões, porque por isso vieram à sombra do meu telhado" (Gn 19.8b). Então Ló teria oferecido as suas filhas para que satisfizessem à multidão enfurecida, com a finalidade de proteger a vida dos visitantes que vieram sob o seu telhado. E a solicitação dos homens da cidade de "conhecer" significaria simplesmente "tornar-se conhecido" (leia Gn 19.7), uma vez que o termo hebraico utilizado para conhecer (yadha) geralmente não tem conotações sexuais em parte alguma (conferir Sl 139.1). É importante compreender o que as Escrituras dizem a esse respeito, pois certos adeptos da Nova Era, como Matthew Fox, acreditam que o homossexualismo é tão aceito pelo "Cristo cósmico" quanto o heterossexualismo (conforme seu livro The coming of the cosmic Christ).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: (Leia os comentários sobre Ez 16.49). Ao mesmo tempo que é verdade que o termo hebraico utilizado para conhecer (yadha) não significa necessariamente "ter sexo com", o termo possui claramente tal significado no contexto da história que trata de Sodoma e Gomorra. Esse fato é evidente por várias razões. Primeiramente, em dez das doze vezes que essa palavra é empregada em Gênesis, ela se refere a relações sexuais (por exemplo em Gn 4.1,25).

Em segundo lugar, ela é empregada referindo-se a relações sexuais nesse capítulo, pois Ló se refere as suas duas filhas virgens como não tendo "conhecido varão" (19.8), que é obviamente o emprego do termo referin­do-se à parte sexual.

Em terceiro lugar, o significado de uma palavra é des­coberto pelo contexto no qual é utilizada. E o contexto aqui é, sem dúvida, sexual, conforme é indicado pela referência à maldade da cidade (18.20), e pela oferta das virgens para a satisfação das paixões deles (19.8).

Em quarto lugar, "conhecer" não pode simplesmente significar "tornar-se conhecido", porque é equiparado a uma atitude "perversa" (19.7). Em quinto lugar, por que oferecer as filhas virgens para satisfazer às paixões se o intento deles não era sexu­al? Se os homens tivessem pedido para "conhecer" as filhas virgens, ninguém se enganaria quanto às intenções sexuais deles.

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O costume oriental de curvar-se diante de uma pessoa de posição mais elevada justi­fica a prática católica romana de prostrar-se diante de imagens? Gênesis 18.2

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Gênesis 18.2 nos informa: "E levantou os olhos e olhou, e eis três varões estavam em pé junto a ele. E, vendo-os, correu da porta da tenda ao seu encontro, e inclinou-se à terra". Isso justifica a prática católica romana de prostrar-se diante de imagens?

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: O ar­gumento católico diz que o ato de se prostrar religiosa­mente diante de uma imagem não é errado, pois há muitos casos na Bíblia onde tal ato é aprovado — como em Gênesis 18.2. Isso mostra a confusão que fazem de dois contextos muito diferentes.

Em primeiro lugar, eles se prostravam por respeito, e não por reverência.

Em segundo lugar, o ato de se prostrar era entendido como uma prática social, e não um rito religioso.

Em terceiro lugar, a Bíblia condena até mesmo o ato de prostrar-se diante de um anjo, mesmo que com o propósito de adoração a Deus (Ap 22.8,9).

Em quarto lugar, a Bíblia claramente condena o ato de prostrar-se diante de qualquer imagem em veneração religiosa (veja Êx 20.5).

Finalmente, Deus agiu em determinado momento para evitar precisamente essa prática. Sabendo que os devotos israelitas se sentiriam tentados a venerar os restos mor­tais de Moisés, Deus o "enterrou" ninguém sabe onde (Dt 34.6). Aparentemente, o intento de Deus era preve­nir contra a idolatria que o diabo quer encorajar (Jd 9).

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Este versículo dá suporte ao atual "sacerdócio de Melquisedeque" dos mórmons? Gênesis 14.18

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Gênesis 14.18 diz: "E Mel­quisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e este era sacerdote do Deus Altíssimo". Os mórmons acreditam que o sacerdócio de Melquisedeque é um sacerdócio eterno. Embora tenha se perdido nos séculos iniciais do cristianismo, foi restaurado através de Joseph Smith (Smith, 1835,107.2-4).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Mel­quisedeque em Gênesis 14.18 é uma pessoa histórica que tipificou Cristo. Um tipo é uma figura que aponta para algo ou alguém vindouro. Por desígnio divino, anun­cia algo ou alguém a ser revelado. Como é que ele anun­ciou a Cristo? O nome Melquisedeque dá a resposta. Essa palavra é composta de dois termos hebraicos signi­ficando "rei" e "justo". Melquisedeque era também um sacerdote. Desse modo, ele pressagiou Cristo como um justo rei-sacerdote. Essas características foram válidas para Melquisedeque apenas em sentido finito, ao passo que em Cristo elas são verdadeiras em sentido infinito.

Podem os mórmons participar do sacerdócio de Mel­quisedeque? Hebreus 7.23,24 diz: "E, na verdade, aque­les foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer, mas este [Jesus], porque permanece eternamente, tem um sacerdó­cio perpétuo" (ênfase adicionada pelo autor). O sacerdócio de Cristo é eterno porque Ele é um ser eterno. Diferentemente de humanos que perecem e morrem, Cristo existe eternamente. Portanto, o seu sacerdócio, por sua própria natureza, é diferente de qualquer coisa que hu­manos são capazes de oferecer. Ele é o nosso eterno Sumo Sacerdote que vive para sempre.

O termo grego empregado para "permanece" em Hebreus 7.24, de acordo com Joseph Tayer, significa: "Sa­cerdócio imutável e, portanto, não passível de transfe­rência a um sucessor" (Tayer, 1985, 649). O Dicionário Teológico do Novo Testamento, de Gerhard Kittel, semelhantemente nos diz: "No Novo Testamento, a pas­sagem de Hebreus 7.24 diz que Cristo possui um sacer­dócio eterno e imperecível, não apenas no sentido de que Ele não pode ser transferido para ninguém mais, mas no sentido de ser 'imutável' " (Kittel, 1985,772). Por isso não existe nenhuma justificativa bíblica para que os mórmons pensem que possam participar do sacerdócio de Melquisedeque. Esse sacerdócio pertence exclusiva­mente a Cristo.

Esse fato é enfatizado mais adiante em Hebreus 7.26: "Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, ino­cente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus".

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Este versículo proíbe transfusões de sangue? Gênesis 9.4

A MÁ INTERPRETAÇÃO: As Testemunhas de Jeová acreditam que esse verso proíba as transfusões de sangue. Alegam que uma transfusão sangüínea é o mesmo que comer sangue, porque é algo muito semelhante ao pro­cesso de alimentação intravenosa (Reasoning from the Suiptures, 1989, pág.73).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Enquanto é verdade que Gênesis 9.4 proíbe "comer" sangue, uma transfusão não consiste em "comer" sangue. Apesar de um médico, ao dar alimentação a um paciente de modo intravenoso, chamar essa operação de "alimenta­ção", simplesmente não significa que o procedimento de dar sangue de forma intravenosa se constitua em "ali­mentação". O sangue não é recebido pelo organismo como "comida". Comer é o ato literal de colocar a co­mida para dentro do organismo de modo normal, atra­vés da boca, e conseqüentemente para o sistema digesti­vo. É costume referir-se a injeções intravenosas como "alimentação" pois o resultado final é que, através de injeções intravenosas, o corpo recebe os nutrientes que normalmente receberia através do ato de comer. Em vista disso, Gênesis 9.4 e outras passagens relacionadas à proibição de comer sangue não podem ser usadas como su­porte à proibição de transfusões de sangue. Uma trans­fusão simplesmente reabastece o corpo com um fluido essencial, que dá sustento à vida. Veja também comentá­rios em Levítico 7.26,27; 17.11,12.

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Este versículo ensina que a vir­gem Maria não tinha pecados? Gênesis 3.15a

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Muitos eruditos católicos alegam que "a semente da mulher foi entendida como se referindo ao Redentor... e desse modo a mãe do Re­dentor passou a ser vista na mulher" (Ott, 1960, 200). Até mesmo o infalível pronunciamento da imaculada concepção "aprova essa interpretação mariano-messiânica" (Ibid.).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Esse verso não contém qualquer referência a Maria ou à sua dita imaculada concepção. Uma das melhores evi­dências disso — fora do próprio texto — é o fato de que mesmo autoridades católicas como Ott reconhe­cem que o "sentido literal" desse texto significa que "entre Satanás e seus seguidores por um lado, e Eva e a sua posteridade por outro, haverá uma constante guerra moral... A posteridade de Eva inclui o Messias, em cujo poder a humanidade ganhará a vitória sobre Satanás" (Ibid.).

Mesmo que por extensão Maria pudesse ser conectada de alguma maneira indireta a esse texto, isso ainda seria um gigantesco salto até a sua imaculada concepção, que não é exposta e nem sugerida em qualquer lugar dessa passagem. O sentido literal é que Eva (e não Maria) e a sua posteridade estariam em guerra moral contra Sata­nás e a descendência dele, culminando com a vitória esmagadora do Messias sobre Satanás e suas hostes. A "mulher" é obviamente Eva, e a "semente da mulher" é claramente a descendência literal de Eva (Gn 4.1,25), nulo em direção a e culminando com a vitória de Cristo sobre Satanás (conferir Rm 16.20).

Os católicos alegam que, assim como o Messias é encontrado, por extensão, na frase "semente da mulher", também está implícita Maria, a mãe do Messias. Mesmo que isso fosse assim, não existe nenhuma conexão necessária ou lógica entre Maria ser a mãe do Messias e ter tido a sua concepção sem pecado.

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Este versículo marca o início da liberdade maçônica, conforme os maçons algumas vezes argumentam? Gênesis 3.7

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Em Gênesis 3.7 lemos so­bre a condição de Adão e Eva após o seu pecado: "Então, foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais". Os maçons algumas vezes tentam argumentar que a maçonaria remonta aos tempos de Adão e Eva, uma vez que as folhas de figueira foram realmente os primeiros "aventais" maçônicos (Mather e Nichols, 1993, 7). Na maçonaria, tais aventais são utilizados em vários rituais de iniciação. Essa interpretação está correta?

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Os maçons estão aqui praticando a eisegese (estão lendo um significado forçando-o para dentro de um texto) ao in­vés de praticar a exegese (que é extrair o significado de dentro de um texto). Isso se torna evidente a partir do contexto.

Os rituais maçônicos não são encontrados em ne­nhuma parte do contexto de Gênesis 3 nem em qual­quer outra parte da Bíblia. As folhas de figueira em Gê­nesis 3 tiveram o único propósito de cobrir a nudez de Adão e Eva e não serem utilizadas como objetos em nenhum ritual ou cerimônia de iniciação.

Deve ser observado que a maçonaria é uma religião incompatível com o cristianismo. Dentre outras coisas, ela ensina que a Bíblia é um dentre os muitos "símbolos" que representam a vontade de Deus (outros "símbolos" da vontade de Deus incluem o Veda hindu e o Alcorão muçulmano). Além disso, Jesus é considerado apenas um dentre muitos santos homens que estabeleceram um ca­minho para chegar a Deus. Também dizem que as várias religiões no mundo conduzem à adoração ao mesmo Deus, só que com diferentes nomes (Jeová, Alá etc). Acre­ditam que a salvação não é baseada na fé em Cristo, mas alcançada através de obras. Além disso, os maçons são obrigados a prestar juramentos que os cristãos jamais ousariam sequer pensar em pronunciar — por exemplo, que alguém estava em trevas espirituais e então veio à maçonaria para encontrar a luz.

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A seita Ciência Cristã está correta quando alega que Deus não criou a matéria? Gênesis 2. 7

A MÁ INTERPRETAÇÃO: A seita Ciência Cristã ensi­na que Deus não criou matéria alguma, e que a matéria não é uma coisa real que tenha sido criada por alguém. Embora Gênesis 2.7 diga que Deus "formou... o homem do pó da terra", os "cientistas cristãos" concluem que "deve ser alguma mentira, porque Deus atualmente tem amaldi­çoado a terra", conforme Gênesis 3.17 (Eddy, 524).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: A Bí­blia claramente afirma que Deus criou os seres humanos com um corpo físico. Redigir qualquer conclusão con­trária ao conteúdo de qualquer texto bíblico é contradi­zer o correto ensino da Palavra de Deus.

A Bíblia declara: "E formou o Senhor Deus o ho­mem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente" (Gn 2.7). O "pó da terra" é uma referência óbvia a elementos físicos, materiais.

Mais adiante Deus disse a Adão e a Eva: "No suor do teu rosto, comerás o teu pão, até que te tornes à terra; porque dela foste tomado, porquanto és pó e em pó te tomarás" (Gn 3.19).Também aqui a referência é à "ter­ra" física e ao "pó". Adiante diz que retornaremos ao pó, significando que viemos dele em nosso princípio, o que a Bíblia diz nas demais passagens (conferir Ec 12.7).

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Este versículo prova que os seres humanos não possuem uma alma que sobrevive à morte? Gênesis 2.7

A MÁ INTERPRETAÇÃO: As Testemunhas de Jeová citam esse verso para tentar provar que o ser humano não possui uma alma que seja distinta do corpo. "O uso da Bíblia mostra a alma como uma pessoa ou animal, ou ainda a vida que uma pessoa ou animal desfrutam" (Mankind's search for God, 1990, pág. 125). Daí as pessoas são almas no sentido de que são seres viventes, não no sentido de terem em si uma natureza não material que sobrevive à morte.

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Em Gênesis 2.7 o termo hebraico empregado para "alma" (nephesh) significa "ser vivente". Contudo, esse termo hebraico é rico, possuindo várias nuanças de significado quando em diferentes contextos. Um erro fundamental — cometido algumas vezes por estudantes iniciantes de hebraico e grego — é assumir que se um termo hebraico ou grego é utilizado de alguma forma particular em um verso, deverá obrigatoriamente ter o mesmo significado em todos os seus demais usos. Mas isso é simplesmente errado. O fato é que termos hebraicos e gregos podem ter diferentes nuanças de significado em diferentes con­textos. O termo nephesh é um exemplo. Enquanto ele significa "alma vivente" em Gênesis 2.7, o mesmo termo se refere à alma ou espírito como sendo distintos do corpo em Gênesis 35.18.

Além do mais, quando examinamos o que as Escritu­ras em sua totalidade ensinam a respeito da alma, fica evidente que a posição da Sociedade Torre de Vigia (Tes­temunhas de Jeová) é errada. Por exemplo, Apocalipse 6.9,10 refere-se a almas desprovidas de corpos sob o al­tar de Deus (não teria sentido interpretar a referência a "alma" nesses versos como "ser vivente" — "Vi debaixo do altar as almas dos que foram mortos"). A primeira Carta aos Tessalonicenses 4.13-17 diz que Cristo trará consigo as almas e espíritos daqueles que estão agora com Ele no céu, e unirá tais espíritos a corpos na ressur­reição. Em Filipenses 1.21-23, Paulo diz que melhor é partir e estar com Cristo. Em 2 Coríntios 5.6-8, Paulo diz que estar ausente do corpo é estar no lar com o Senhor. As Escrituras, como um todo, ensinam que cada pessoa é possuidora de uma alma que sobrevive à morte.

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O fato de que o ser humano foi criado a imagem de Deus dá suporte à seita Ciência Cristã afirmar que a humanidade é coeterna com Deus? Gênesis 1.26, 27

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Esses versos declaram que Deus criou a humanidade conforme à sua própria ima­gem. Mary Baker Eddy, a fundadora da seita Ciência Cristã, procura insistentemente convencer que isso sig­nifica que "homem e mulher — na condição de coexistentes e eternos com Deus — para sempre refle­tem, na qualidade de glorificados, o infinito Deus Pai-Mãe" (Eddy, 516).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Eddy distorce completamente essa passagem das Escrituras. Comentaremos vários erros de forma breve. Insistir que a humanidade é como Deus em todos os aspectos contraria o sentido dos termos "imagem" e "seme­lhança". Mesmo o termo "imagem" nesse contexto não é o mesmo do original, como fica claro pelo uso desse mesmo termo hebraico (tzehlem) para um ídolo (por exemplo Nm 33.52; 2 Cr 23.17; Ez 7.20) como somente para a representação de um deus, e não o deus mesmo.

A palavra "criar" revela que o texto não está se refe­rindo a algo eterno, mas a algo que passou a existir. Esse termo (bara) nunca é utilizado no Antigo Testamento referindo-se a algo que seja eterno. Nesse contexto, sig­nifica algo que é trazido à existência. O mesmo é verdadeiro quanto à utilização do termo "criar" no Novo Tes­tamento (conferir C1.1.15,16;Ap 4.11).

E também um engano assumir, como faz Eddy, que por sermos semelhantes a Deus, Ele mesmo seja obriga­toriamente como nós. Por exemplo, ela fala a respeito de Deus como macho e fêmea ("Deus Pai-Mãe"). Na lógi­ca, essa atitude é conhecida como conversão ilícita. O fato de todos os cavalos terem quatro patas não significa que todos os animais que tenham quatro patas sejam cavalos. Do mesmo modo, por ter Deus criado macho e fêmea, não significa que Ele mesmo seja macho e fêmea. "Deus é espírito" (Jo 4.24), contudo, Ele criou as pessoas dotadas de corpos (Gn 2.7). Apenas o fato de termos um corpo físico não significa que Deus também o tenha. 

O Antigo Testamento foi originalmente escrito como um livro judaico, e o judaísmo é uma religião essencial­mente monoteísta. A Ciência Cristã é panteísta, e Eddy estava lendo esse documento judaico com sua visão panteísta. O ser humano não é eterno como Deus e nem idêntico a Ele. Cada pessoa é uma criatura finita, que foi trazida à existência por um Deus infinito e que se asse­melha a Ele moral e pessoalmente, mas não é igual a Ele metafisicamente.

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Esta passagem dá suporte à idéia de que Deus possui um corpo físico? Gênesis 1.26,27

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Os mórmons argumen­tam que, pelo fato de os seres humanos terem sido cria­dos com um corpo de carne e ossos, Deus, o Pai, deve obrigatoriamente ter também um corpo físico, uma vez que a humanidade foi criada à imagem de Deus (Smith, 1975, 1.3).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Um princípio fundamental de interpretação é que as Escri­turas interpretam as Escrituras. Quando outras escrituras a respeito da natureza de Deus são consultadas, o enten­dimento mórmon sobre Gênesis 1.26,27 se torna im­possível. João 4.24 indica que Deus é Espírito. Lucas 24.39 nos diz que um espírito não possui carne e ossos.

Conclusão: como Deus é espírito, Ele não tem carne e ossos. Além disso, de maneira contrária ao mormonismo, Deus não é (e nunca foi) um homem (Nm 23.19; Is 45.12; Os 11.9; Rm 1.22,23).

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O fato de termos sido criados à imagem de Deus significa que somos "pequenos deuses", como dizem os líderes da seita Palavra da Fé? Gênesis 1.26

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Os ensinadores da seita Pa­lavra da Fé sugerem que o termo hebraico utilizado para a palavra "semelhança", nesse verso, significa literalmen­te "uma exata duplicação da espécie" (Savelle, 1990,141). Verdadeiramente — dizem eles — a humanidade "foi criada em condições de igualdade com Deus, e poderia permanecer na presença dEle sem qualquer sentimento de inferioridade... Deus nos criou o mais semelhantes a Ele possível... nos criou na mesma qualidade de seu pró­prio ser" (Hagin, 1989, 35,36,41).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Tudo o que está sendo ensinado em Gênesis 1.26,27 é que a humanidade foi criada à imagem e semelhança de Deus, no sentido de que um ser humano é uma reflexão finita de Deus em sua essência racional (Cl 3.10), em sua es­sência moral (Ef 4.24) e no domínio sobre a criação (Gn 1.27,28). Do mesmo modo que a lua reflete a brilhante luz do sol, assim a humanidade finita (criada à imagem de Deus) é uma reflexão limitada de Deus nesses aspec­tos. Esse verso não tem nada a ver com seres humanos tornando-se Deus ou estando na mesma "classe" de Deus. Se fosse verdade que seres humanos são "pequenos deuses", então poderia se esperar que mostrassem qua­lidades semelhantes àquelas que são conhecidas como verdadeiramente dEle. Contudo, quando se comparam os atributos da humanidade com os de Deus, encon­tramos amplo testemunho da verdade da declaração de Paulo em Romanos 3.23, que diz que os seres huma­nos "destituídos estão da glória de Deus". Considere o seguinte:

1. Deus conhece todas as coisas (Is 40.13,14), mas o ser humano é limitado em seu conhecimento (Jó 38.4).

2. Deus é Todo-Poderoso (Ap 19.6), mas o ser huma­no é fraco (Hb 4.15).

3. Deus está presente em todos os lugares (Sl 139.7-12), mas o ser humano é restrito a um único espaço por vez (Jo 1.50).

4. Deus é santo (1 Jo 1.5), mas até mesmo as obras "justas" dos seres humanos são como trapos de imundí­cia diante de Deus (Is 64.6).

5. Deus é eterno (Sl 90.2), mas a humanidade foi cri­ada em determinada ocasião (Gn 1.1, 26,27).

6. Deus é a verdade (Jo 14.6), mas o coração humano — a partir da queda — é mais enganoso do que todas as coisas (Jr 17.9).

7. Deus é caracterizado por sua justiça (At 17.31), mas a humanidade vive de maneira ilícita (1 Jo 3.4; veja também Rm 3.23).

8. Deus é amor (Ef 2.4,5), porém os relacionamentos humanos sofrem a praga de numerosos vícios, como in­veja e disputas (1 Co 3.3).

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Este versículo indica que existe mais de um Deus? Gênesis 1.26

A MÁ INTERPRETAÇÃO: Se existe um só Deus, por que este versículo em Gênesis utiliza a palavra "nossa" referindo-se a Deus? Os mórmons com freqüência ob­servam que a palavra "Deus" usualmente traduzida do hebraico, que é Elohim, está no plural, e o pronome "nossa" é utilizado também no plural. Para eles isso indica que existe mais do que um único Deus. "Logo no início a Bíblia mostra, de uma maneira superior ao poder de refutação, que existe uma pluralidade de Deuses... O ter­mo Elohim deve estar no plural daí por diante — Deu­ses" (Smith, 1976, 372).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: Várias explicações sobre a utilização do pronome "nossa" fo­ram oferecidas ao longo da história. Alguns comentaris­tas alegaram que Deus estava se referindo aos anjos, mas isso não tem sentido, uma vez que no verso 26 Deus diz: "Façamos o homem à nossa imagem", enquanto o verso 27 deixa claro: "E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou", e não à imagem dos anjos. Alguns alegaram que o pronome no plural refere-se à Trindade. Verdadeiramente o Novo Testamento — por exemplo, em João 1.1 — ensina que o Filho estava en­volvido na criação dos céus e da terra. Também Gênesis 1.2 indica que o Espírito Santo estava envolvido no pro­cesso da criação. Contudo, a opinião de alguns estudan­tes da gramática hebraica é que o pronome "nossa", no plural, é simplesmente requerido pelo substantivo Elohim, que no hebraico está no plural e é traduzido como "Deus" ("Então Deus [Elohim, plural] disse: Façamos [plural] o homem à nossa [plural] imagem"). Conseqüentemente, esse grupo de estudantes alega que essa declaração não deveria ser utilizada sozinha para provar a doutrina da Trindade.

Outros ainda defenderam que o plural é utilizado como uma figura de linguagem chamada "plural majestático". O Alcorão, por exemplo, que nega a exis­tência de mais de uma pessoa em Deus, também utiliza o plural quando se refere a Ele. Dizem que nesse caso, Deus está falando a si mesmo, de uma maneira tal que indique que todo o seu majestoso poder e sabedoria estavam envolvidos na criação da humanidade. Como foi observado, o pronome plural "nossa" corresponde à palavra hebraica Elohim, que está no plural e é traduzida como Deus. O fato de o nome Deus estar no plural no hebraico não indica a existência de mais de um Deus. (A rainha Vitória utilizava a forma "plural majestático" apenas quando se referia a si mesma. Certa vez comen­tou: "Não estamos nos divertindo".) Várias passagens no Novo Testamento referem-se a Deus utilizando o termo grego theos, que está no singular, e que também é traduzido como "Deus" (por exemplo, Jo 1.1, Mc 13.19 e Ef 3.9). De acordo com a opinião desse grupo, a natureza plural do termo no hebraico é designada para dar um senso mais completo e um sentido mais majestoso ao nome de Deus.

Deve ser observado, contudo, que o Novo Testamen­to ensina claramente que Deus é uma Trindade (Mt 3.16,17; 2 Co 13.13; 1 Pe 1.2) e, embora a doutrina da Trindade não tenha sido completamente apresentada no Antigo Testamento, ela foi nele anunciada (conferir Sl. 110.1; Pv 30.4 Is 63.7, 9,10).

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O Espírito Santo é uma pessoa ou é a "força ativa de Deus?" Gênesis 1.1,2

A MÁ INTERPRETAÇÃO: As Testemunhas de Jeová pensam que esse versículo diz que o Espírito Santo não é uma pessoa, e sim a força ativa de Deus. Deus utilizou declaradamente essa "força" na criação do universo. Uma vez que no hebraico o termo correspondente a "espíri­to" pode também ser traduzido como "vento", eles pen­sam que estão justificados por traduzir o termo como "força ativa" em Gênesis 1.2 (Should you believe in the Trinity?, 1989, pág.20).

CORRIGINDO A MÁ INTERPRETAÇÃO: O termo hebraico ruach pode ter uma variedade de significados — incluindo "fôlego","vento" e "Espírito" (isto é, o Espírito Santo). Contudo, uma vez que as referên­cias ao Espírito Santo, tanto nessa passagem como em todas as demais ao longo das Escrituras, consistentemente provêem evidências acerca da personalidade desse elemento da Trindade, a tradução "força ativa" deveria ser excluída.

Em primeiro lugar, o Espírito Santo nessa passagem está comprometido com o ato da criação, que envolve uma ação inteligente no trabalho de formar o mundo. O próprio ato de "mover-se" sobre as águas implica um propósito inteligente.

Nas demais passagens do Antigo Testamento, o Espí­rito Santo manifesta os atributos de uma personalidade. Ele é capaz de ungir para um ministério de pregações (Is 61.1), e até mesmo se entristecer por causa de nossos pecados (Is 63.10; Ef 4.30). De fato, todas as característi­cas essenciais de personalidade são atribuídas ao Espírito Santo ao longo das Escrituras. Ele tem seus próprios pen­samentos. É dotado de razão (Rm 8.27; 1 Co 2.10; Ef 1.17), emoções (Ef 4.30) e vontade (1 Co 12.11). Uma mera "força" não possui esses atributos.

Além disso, o Espírito Santo pratica atos que somente uma pessoa poderia praticar. Por exemplo, Ele ensina (Jo 14.26), dirige (Rm 8.14), comanda (At 8.29), ora (Rm 8.26) e fala com as pessoas (Jo 15.26; 2 Pe 1.21).

Finalmente, o Espírito Santo é tratado como uma pessoa. Por exemplo, é possível alguém tentar mentir para Ele (At 5.3). Não se pode tentar mentir para uma força (digamos, para a eletricidade) ou para qualquer outra coisa impessoal. É possível mentir apenas para uma pessoa. Em vista de tais fatos, não se pode traduzir o termo ruach como "força ativa" quando aplicado ao Espírito Santo, porque está muito claro que Ele é uma pessoa. Veja mais comentários em Atos 2.4.


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A Deturpação das Escrituras e as Seitas

Tendo em vista esse dilúvio de falsificações, os crentes têm uma necessidade ímpar de compreender profundamente o autêntico cristianismo. Isso porque é impossível reconhe­cer uma fraude a menos que tenhamos o conhecimento do genuíno. Os enganos só podem ser corretamente medidos quando contrastados com a verdade da infalível Palavra de Deus.

O fato é que as seitas são notórias deturpadoras das Escrituras. Quando se estiver lidando com seitas, deve-se ter em mente que elas são sempre edificadas não sobre aquilo que a Bíblia ensina, mas sobre o que os fundadores ou líde­res das respectivas seitas dizem que a Bíblia ensina.

Este blog vai ajudar você, a virar a mesa com amor sobre os adeptos de seitas e "desfa­zer" o que foi por eles torcido a respeito das Escrituras, para que possam enxergar aquilo que as Escrituras realmente ensinam. Jesus disse que as suas palavras conduzem à vida eterna (Jo 6.63). Mas para que recebamos a vida eterna através de suas palavras, essas devem ser recebidas como Ele planejou que fossem recebidas. Uma reinterpretação das Escrituras feita por uma seita, que tenha como resul­tado um outro Jesus e um outro Evangelho (2 Co 11.3,4; Gl 1.6-9) trará apenas a morte eterna (Ap 20.11-15).

Este blog também irá ajudá-lo a "desfazer" as interpretações defeituosas de grupos que são verdadeiras aberrações, difíceis de serem classificados até mesmo como seitas. Ele o ajudará a res­ponder às aberrações de tais grupos.

Devemos nos lembrar de que uma das maneiras de bri­lharmos como luzes em nosso mundo (Mt 5.16) é dar perante as outras pessoas um consistente exemplo do signifi­cado de manusear corretamente a Palavra da Verdade (2 Tm 2.15). Fazendo isso, outras pessoas deverão nos imitar nessa área. E à medida que outros aprendem a nos imitar quanto à maneira correta de se manusear as Escrituras, também poderão ser usados por Deus para dar exemplo diante de outros.

O processo começa com uma única pessoa — você! Juntos somos capazes de reprimir o crescimento de seitas e grupos repletos de erros.

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*Onde se lê a palavra Blog, no Text Original consta a palavra Livro [Resposta as Seitas].

Por Que as Seitas São Perigosas?

As seitas representam muitos perigos tanto para a Igreja como para as pessoas. Esses perigos são espirituais, psicoló­gicos e até mesmo físicos. Considere o seguinte:

Os perigos espirituais representados pelas seitas

As seitas estão envolvidas em sérios enganos, e os enga­nos são sempre perigosos, pois desencaminham as pessoas. A Bíblia declara que o diabo é o pai da mentira: "Ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8.44). Finalmente, todo engano é inspirado no diabo. Conforme colocado pelo apóstolo Paulo: "Mas o Espírito expressamente afirma que nos últimos dias alguns apostatarão da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios" (1 Tm 4.1).

Aqueles que dão crédito a mentiras já estão enganados. E se agirem conforme essas mentiras, estarão em perigo. Alguns exemplos do cotidiano esclarecem esse ponto. Se alguém acreditar que o sinal de alerta de uma ferrovia está piscando apenas por estar com algum defeito, estará cor­rendo um sério risco de ser atropelado por um trem. Se uma pessoa acredita que o gelo que cobre um lago é grosso o bastante para que possa caminhar sobre ele, e na realidade a camada de gelo for delgada, estará correndo o risco de afogar-se. Se alguém acreditar que está transitando por uma rua de mão única, quando na realidade tratar-se de uma rua de mão dupla, estará sob o risco de uma horrível colisão frontal.

O perigo espiritual de acreditar em uma mentira é ain­da mais sério — ele tem conseqüências eternas! Morrer crendo no Jesus das Testemunhas de Jeová ou no do mormonismo é morrer crendo em um Jesus falsificado, que prega um Evangelho falsificado e que produz uma salvação falsificada.

Os perigos psicológicos representados pelas seitas

Os danos psicológicos causados por seitas podem ser imensos. Elas geralmente têm como presa pessoas vulnerá­veis. Muitas seitas buscam as pessoas "solitárias" e generosa­mente lhes dedicam afetos (algumas vezes chamados de "bombardeios de amor") até que sejam "fisgadas". Os líde­res das seitas se tornam as autoridades absolutas para os in­divíduos fracos, que tiveram pouca ou nenhuma autorida­de em sua formação familiar. Em alguns casos essa autori­dade pode se estender a cada área da vida — quanto tempo dormir, o que comer, que tipo de roupas usar e assim por diante. Tais indivíduos se tornam psicologicamente escravi­zados pelos caprichos do líder da seita.

Os perigos físicos representados pelas seitas

Tendo em vista as recentes ocorrências, todas as seitas deveriam ter um rótulo de advertência: "AVISO: Esta reli­gião pode ser prejudicial à sua saúde e à sua vida". Em 1983, Hobart Freeman, líder da Assembléia da Fé em Fort Wayne, no estado de Indiana, morreu após lançar fora os seus remédios para o coração. Cerca de outros 52 membros de seu grupo morreram, sendo muitos deles bebês e crian­ças. Jim Jones persuadiu 900 de seus seguidores a fazerem um pacto de suicídio. Do mesmo modo, David Koresh con­duziu cerca de 80 de seus seguidores a um suicídio impetu­oso em Waco, no estado do Texas, em 1992.

Não é de admirar que a Bíblia constantemente previna as pessoas contra as falsas doutrinas. Jesus disse: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores" (Mt 7.15).

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Por Que as Seitas estão Crescendo?

Um pesquisador de importante reputação na área de seitas observou que elas são "as contas não pagas da igreja". A igreja tem fracassado em oferecer o devido treinamento doutrinário a seus membros e falhado em termos de fazer uma verdadeira diferença moral na vida de seus discípulos; não tem ido ao encontro das mais profundas necessidades das pessoas, e não tem oferecido a elas o sentimento de "fazer parte", de pertencer. A falha da igreja é ampla e profunda, e isso tem facilitado o florescimento de seitas.

Porém, certamente o crescimento das seitas pode tam­bém ser atribuído a muitos outros fatores. Dentre outras razões, as seitas estão se multiplicando por causa do cresci­mento do relativismo, do egocentrismo, do subjetivismo e do misticismo. Além disso, a rebelião moral e o colapso de famílias têm contribuído para o aumento do número de seitas em todo o mundo. Considere o seguinte:

Fracasso doutrinário — Walter Martin disse certa vez que o aumento das seitas é "diretamente proporcional à ênfase oscilante que a igreja cristã colocou no ensino da doutrina bíblica para os cristãos leigos. De forma mais correta, alguns pastores, professores e evangelistas defendem adequa­damente as suas crenças. Mas a maioria deles — bem como a maioria dos cristãos leigos comuns — teria dificuldade de
confrontar e refutar adeptos bem treinados de praticamente todos os tipos de seitas" (The rise of the cults, pág.24). A falha da igreja no ensino da sã doutrina leva as pessoas à aceitação de falsas doutrinas. Uma pessoa não é capaz de reconhecer o errado a menos que primeiramente compreenda a verdade. Só se pode reconhecer as imitações através da comparação com aquilo que é genuíno.

Aumento do relativismo — O crescimento do relativismo em nossa cultura também tem contribuído para o cresci­mento das seitas. As afirmações do tipo: "Isso pode ser váli­do para você, mas não para mim" e "Tudo depende da situ­ação" são atualmente quase proverbiais. Essa praga do relativismo tem quase inundado a terra. Com a mentalida­de do "Faça o que achar melhor" tem vindo a síndrome do "Tenha a sua própria religião". A negação feita pelo humanismo secular em relação a toda a soberania dada por Deus tem conduzido a um vácuo do tamanho de Deus em nossa sociedade, e nesse vácuo o misticismo oriental tem se movido rapidamente.

Volta ao misticismo orientalThe turn east (A volta para o Leste) como Harvey Cox, da Universidade de Harvard, intitulou o seu livro, tem sido tão natural quanto fenome­nal. A partir do momento em que a sociedade americana rejeitou suas raízes judaico-cristãs, preferindo o humanismo secular — que não é capaz de satisfazer os desejos do co­ração das pessoas —, a única força significativa que restou foi o misticismo oriental. O teísmo cristão afirma que Deus criou tudo. O ateísmo secularista declara que Deus não existe. Sendo ambas as afirmações tidas por alguns como insatisfatórias, nossa cultura tem se voltado agora às seitas orientais que proclamam que Deus é tudo, e tudo é Deus.

O ato de voltar-se para o Oriente tem sido acompa­nhado de um retorno às coisa do íntimo. As seitas místicas, salientando experiências subjetivas e sentimentos interio­res, têm crescido rapidamente no despertamento do misti­cismo. Passamos da condição de cultura que explora o uni­verso lá fora para uma de exploradores do universo aqui mesmo — dentro de nós. O foco não está tanto no espaço externo como no espaço interno. Isso, com certeza, é o que os místicos orientais sempre ensinaram, e se adapta como luvas nas mãos das seitas da Nova Era.

Ênfase no próprio ego — O crescimento do amor pró­prio em exagero tem também contribuído para a prolifera­ção das seitas. A mentalidade do "Faça o que achar melhor para você mesmo" conduz naturalmente ao movimento "Inicie a sua própria seita". Cumpre-nos dizer que as seitas são a liberdade religiosa espalhada como sementes. A filo­sofia humanista "Cada homem por si mesmo" é o fertili­zante perfeito para o crescimento de novas religiões que supram as necessidades sentidas pelos indivíduos ao invés de as reais necessidades deles.

Ênfase nos sentimentos — Outro fator que conduz ao aumento das seitas é o crescimento do subjetivismo e do existencialismo. Tendo por certo o aparentemente insaciá­vel apetite por religiões, a síndrome do "Se você se sente bem, faça-o" conduz naturalmente à busca de religiões que laçam a pessoa se sentir bem. Enquanto alguns ainda buscam o atalho psicodélico para o nirvana através de drogas que ampliem o pensamento, outros buscam uma experiência mística subjetiva que transcenda as rotinas da vida coti­diana. Isso explica em grande parte o crescimento de seitas da Nova Era, tais como a meditação transcendental.

Rebelião moral — Sob todos os fatores sociais e psicoló­gicos que dão ocasião ao crescimento das seitas, está a depravação moral. A Bíblia deixa muito claro que os seres humanos estão na condição de rebeldes diante de Deus (Rm 1.18). Uma das dimensões dessa rebelião é moral. Pes­soas se voltam às religiões mais confortáveis quando o esti­lo de vida que escolheram é contrário aos imperativos morais de um Deus incomparavelmente superior e soberano. A perversão moral existente em várias seitas constitui-se em amplo testemunho da depravação encontrada no mundo delas. Os seguidores do líder hindu Rajneesh dedicaram-se a orgias no estado de Oregon. A seita Os Meninos de Deus, de David Berg, é bem conhecida por suas perversões sexuais. De fato, a perversão moral é característica de muitas seitas. Essa rebelião moral foi manifestada no movimento antiinstitucional, antigovernamental e antifamiliar surgido nos anos 60, e a sua inércia tem levado tal movimento até os anos 90.

Colapso social das famílias — Walter Martin disse certa vez: "Vemos uma geração sem o senso de história — desli­gada do passado, alienada do presente e que possui um conceito incompleto em relação ao futuro. A geração de 'agora' é, na realidade, uma geração perdida" (The new cults,pág.28). Muitas seitas tiraram proveito do colapso de famílias em nossa sociedade, tornando-se famílias substitutas para a "ge­ração perdida".

Não é à toa que muitos adeptos de seitas dirigem-se a seus líderes com termos paternos ou maternos. Por exem­plo, a profetisa da Nova Era, Elizabeth Clare, que dirige a Igreja Universal e Triunfante, é carinhosamente conhecida entre os seus seguidores como "Mamãe guru". David "Moisés" Berg, fundador da seita Os Meninos de Deus, era freqüentemente chamado de "Pai David" pelos adeptos da seita. Da mesma forma, o reverendo Moon é chamado de "Pai Moon" por membros da Igreja da Unificação.

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A Metodologia Empregada Pelas Seitas

As seitas são bem conhecidas pelo emprego de seus métodos questionáveis. Por exemplo, as seitas se concentram em decepções morais e processos agressivos de prose­litismo. Vamos analisar isso de forma resumida.

Decepção moral — Os seguidores da seita Moon são conhecidos por sua chamada decepção celestial. Duplicidade e mentiras são usadas para ganhar adeptos ao movimento. O fundador da seita mórmon, Joseph Smith, também se envolveu em táticas fraudulentas que, no devido tempo, o levaram aos tribunais, onde foi uma vez declarado culpado e multado. Líderes modernos da Meditação Transcendental também usaram de engano na tentativa de levar adiante sua causa.

Muito mais comum é o emprego de termos cristãos pelas seitas, porém infundidos com novos significados. Dessa maneira, cristãos destreinados são enganados e conduzi­dos a pensar que a seita é cristã. Por exemplo, seitas da Nova Era algumas vezes utilizam os termos "ressurreição" e "ascensão" quando na realidade querem expressar a "ascensão" da conscientização cristã no mundo. O tão familiar termo cristão "nascido de novo" é muito empregado pela Nova Era para dar suporte à doutrina da reencarnação. O termo "o Cristo" é utilizado pelos adeptos da Nova Era visando obter aprovação dos cristãos quando, para eles, o atual e verdadeiro significado desse termo expressa o ofício oculto desempenhado por vários gurus através da história.

Proselitismo agressivo — Existe, sem dúvida, uma boa percepção no tocante ao trabalho de proselitismo de cada religião. Ou seja, cada uma delas emprega esforços para trazer outras pessoas para a sua fé. O cristianismo, o judaísmo, o islamismo e até mesmo certas formas de hinduísmo e bu­dismo procuram converter pessoas às suas crenças.

As seitas, contudo, levam as atividades proselitistas ao extremo. Seu excessivo esforço proselitista constitui uma tentativa de obtenção da aprovação de Deus. Trabalham para a graça, ao invés de trabalhar a partir da graça, como a Bí­blia ensina (2 Co 5.14). Algumas vezes os seus esforços são empregados em favor da satisfação de seus próprios egos. Muitas vezes seu proselitismo ultrazeloso envolve evange­lismo impessoal ou pessoas escusas. Os membros da igreja de Cristo em Boston são conhecidos por seus esforços direcionados a tentativas ultrazelosas para conseguir a con­versão de pessoas nas diversas escolas de segundo grau es­palhadas pelos Estados Unidos. Tanto os mórmons como as Testemunhas de Jeová possuem extensos programas de pro­selitismo porta a porta, embora sejam usualmente menos ofensivos em sua abordagem.

É importante notar que enquanto quase todas as seitas são agressivamente evangelizadoras, nem todos os evangelizadores agressivos são de seitas. As organizações intituladas Campus Crusade for Christ (no Brasil Cruzada Estudantil e Profissional para Cristo) e Jews for Jesus (Ju­deus para Jesus) são ministérios zelosos pelo evangelismo, mas não são seitas. Na verdade, se a igreja cristã fosse mais zelosa pelo verdadeiro evangelismo, o mundo teria menos proselitismo praticado por seitas.

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Características morais de uma Seita

No topo dos traços doutrinários e sociológicos das sei­tas existem também algumas dimensões morais a serem consideradas. Em meio às seitas que brotam, estão muito presentes o legalismo, a perversão sexual, a intolerância, abu­sos psicológicos e até mesmo físicos.Vale lembrar que nem todas as seitas manifestam cada uma dessas características.

Legalismo — Para muitas seitas, é comum o estabeleci­mento de um rigoroso conjunto de regras que devem ser obrigatoriamente vividas pelos devotos. Esses padrões são usualmente extrabíblicos.

O ensino mórmon que proíbe o uso de café, chá, ou qualquer bebida que contenha cafeína é um caso típico. O requisito imposto pela Sociedade Torre de Vigia para que as Testemunhas de Jeová distribuam literatura de porta em porta é outro exemplo. O ascetismo do tipo monástico, com sua rigorosa obrigatoriedade de cumprimento de regras, é freqüentemente visto como um meio de se alcançar o fa­vor de Deus. Como tal, é a manifestação da rejeição co­mum das seitas à graça de Deus.

Perversão sexual — Lado a lado com o legalismo, o vício gêmeo da perversidade moral é bastante encontrado nas seitas. Joseph Smith (e outros líderes mórmons) teve mui­tas esposas. David Koresh afirmou possuir todas as mulhe­res em seu grupo, até mesmo as meninas mais novas. De acordo com uma revelação através de uma reportagem em 1989, meninas da idade de dez anos estavam incluídas. A seita Meninos de Deus tem utilizado, através de sua histó­ria, técnicas de "pescaria através do flerte", com a finalidade de atrair pessoas para a seita, com apelos sexuais. Foi de­nunciada a prática de sexo entre adultos e crianças dentro dessa seita.

Abuso físico — De forma trágica, algumas seitas empe­nham-se em aplicar diferentes formas de abuso físico. Ex-adeptos de seitas acusam com freqüência seus ex-líderes de concentrarem-se em espancamentos, privação do sono, se­vera privação de alimentos e agressões a crianças até que estas ficassem queimadas ou sangrando. Às vezes, há acusa­ções de abusos ritualísticos satânicos, embora tais fatos rara­mente sejam levados a conhecimento público.

Contudo, os abusos psicológicos como o medo, a inti­midação e o isolamento são mais comuns. O abuso físico em seu máximo grau é ilustrado na pessoa do líder Jim Jones, que levou todos os membros de Jonestown a beber ponche envenenado.

Intolerância para com as outras pessoas — Tolerância religi­osa não é uma das virtudes da mentalidade das seitas. A intolerância é freqüentemente manifestada através de hos­tilidades, culminando algumas vezes com assassinatos. A his­tória tanto dos mórmons como da seita Branch Davidian possuem exemplos desse tipo de intolerância violenta. Certamente outros grupos religiosos, como os muçulmanos ra­dicais, são conhecidos pelo mesmo tipo de comportamen­to. Mais próximo ao lar, a Inquisição Hispânica é uma ma­nifestação de zelo de seitas cristãs.

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Características sociológicas de uma Seita

Além das características doutrinárias das seitas, muitas delas (não todas) também possuem traços sociológicos que incluem o autoritarismo, o exclusivismo, o dogmatismo, as mentes fechadas, as susceptibilidades, a compartimentalização, o isolamento e até mesmo o antagonismo. Vamos considerá-los de forma breve.

Autoritarismo — O autoritarismo envolve a aceitação de uma figura de autoridade, que freqüentemente utiliza técnicas de controle mental sobre os membros do grupo. Como profeta e/ou fundador, a palavra desse líder é consi­derada final. O falecido David Koresh, da seita Branch Davidian (Ramificação Davidiana) em Waco, no estado do Texas, é um exemplo trágico. Outras seitas que envolvem autoritarismo incluem os Meninos de Deus (agora chama­dos de A Família) e a Igreja da Unificação.

Os profetas/fundadores de seitas não devem ser con­fundidos com Martinho Lutero e John Wesley. As diferen­ças são significativas. Um reformador, em contraste com o fundador de uma seita, lidera as pessoas através do amor, e não do medo. Influencia por amor, não por ódio. Procura motivar os corações mas não tenta controlar os pensamen­tos. Lidera os seus seguidores como um pastor lidera ove­lhas; não as conduz como bodes.

Exclusivismo — Outra característica das seitas é um exclusivismo que declara: "Somente nós temos a verdade". Os mórmons acreditam que são a comunidade exclusiva dos salvos na terra. As Testemunhas de Jeová acreditam que são a comunidade exclusiva dos salvos.

Alguns grupos manifestam o exclusivismo através de sua prática de vida em comunidades. Sob tais condições, é mais fácil manter controle sobre os membros da seita. Exem­plos desse tipo poderiam incluir os Meninos de Deus e a Branch Davidian.

É importante observar que existem alguns grupos reli­giosos que praticam a vida em comunidade, porém não são seitas. O grupo The Jesus People USA (O povo de Jesus nos EUA), em Chicago, constitui um exemplo de um bom grupo cristão que vive em comunidade.

Dogmatismo — Relacionadas de perto com o exposto acima, muitas seitas são dogmáticas — e esse dogmatismo é freqüentemente expresso de forma institucional. Por exem­plo, os mórmons declaram ser a única igreja verdadeira na terra. As Testemunhas de Jeová dizem que a Sociedade Tor­re de Vigia é a única voz de Jeová na terra. David Koresh declarou-se a única pessoa capaz de interpretar a Bíblia. Muitas seitas acreditam ter a verdade dentro de uma pasta, como se ela ali estivesse. Pensam que somente elas estão de posse dos oráculos divinos.

Mentes fechadas — De mãos dadas com o dogmatismo está a característica de possuir mentes fechadas. Essa indis­posição de ao menos considerar qualquer outro ponto de vista tem freqüentes manifestações radicais. Um mórmon educado que encontramos nos disse que não lhe importa­ria se pudesse ser provado que Joseph Smith foi um falso profeta; ele ainda assim continuaria sendo um mórmon. Um homem testemunha-de-Jeová que certa vez encontra­mos recusou-se a concluir a leitura de um artigo que pro­vava a divindade de Cristo porque, disse ele: "Isso está inco­modando a minha fé".

Susceptibilidade — O perfil psicológico de muitas pes­soas que são "sugadas" para dentro de seitas não é do tipo bajulador. Com certa freqüência, as pessoas que se juntam a uma seita são altamente incautas. Algumas vezes são até mesmo psicologicamente vulneráveis. Mas, acima de tudo, a mentalidade nas seitas é caracterizada por uma compartimentalização não saudável (isto é, elas "põem em compartimentos" fatos conflitantes e ignoram qualquer coisa que contradiga as suas afirmações). Muitos mórmons pos­suem uma "chama em seu seio" que faz com que seja pra­ticamente impossível argumentar com eles sobre a sua fé. Membros de seitas freqüentemente aceitam ensinos con­forme um tipo de fé cega, que é insensível à argumentação sensata. Um missionário mórmon declarou que acreditaria no Livro de Mórmon, ainda que o livro dissesse que exis­tem círculos quadrados!

Isolamento — As seitas mais extremistas criam às vezes fronteiras fortificadas, freqüentemente precipitando finais trágicos, tais como o desastre em Waco, no estado do Texas, com a seita Branch Davidian. Desertores são considerados traidores, passando a correr risco de vida e sendo persegui­dos pelos membros mais zelosos da seita. Em muitos casos, diz-se aos membros da seita que se abandonarem o grupo serão atacados e destruídos por Satanás. A construção de tais barreiras, seja de caráter físico, seja de caráter psicológi­co, criam um ambiente de isolamento que, por sua vez, leva ao antagonismo.

Antagonismo — Em um contexto de isolamento, são gerados tanto o medo como o sentimento de hostilidade em relação ao mundo exterior. Todos os outros grupos são considerados apóstatas, "o inimigo" e "as ferramentas de Satanás". Em casos extremos, esse fato pode levar a confli­tos armados, como aconteceu em Jonestown e emWaco.

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Características doutrinárias de uma Seita

Existem várias características doutrinárias nas seitas. Tipicamente dão ênfase a novas revelações "recebidas de Deus", negam a autoridade única da Bíblia, negam a Trin­dade, possuem uma visão distorcida de Deus e de Jesus, ou ainda rejeitam a salvação pela graça.

Nova revelação — Muitos líderes de seitas afirmam ter um canal direto de comunicação com Deus. Os ensina­mentos das seitas são freqüentemente mudados e, por isso, precisam de novas "revelações" para justificar tais mudanças. Os mórmons, por exemplo, certa vez excluíram os afro-americanos do sacerdócio. Quando a pressão social foi exercida sobre a igreja mórmon por essa espalhafatosa for­ma de racismo, o presidente dos mórmons recebeu uma nova "revelação", revertendo o decreto anterior. As Teste­munhas de Jeová passaram pelo mesmo tipo de mudança em relação aos ensinos anteriores da Torre de Vigia, que diziam que a vacinação e o transplante de órgãos eram proi­bidos por Jeová.

A negação da autoridade única da Bíblia — Muitas seitas negam a autoridade única da Bíblia. Os mórmons, por exemplo, acreditam que o Livro de Mórmon é uma escritura superior à Bíblia. Jim Jones, fundador e líder de Jonestown, colocou-se a si mesmo em posição de autori­dade acima da Bíblia. Os cientistas cristãos elevam o livro de Mary Baker Eddy, intitulado Science and health (Ciência e saúde), à condição de autoridade suprema. O reverendo Moon estabeleceu o seu livro The divine principie (O prin­cípio divino) como autoridade sobre todos os seus segui­dores. Os adeptos da Nova Era crêem em muitas formas modernas de revelações impositivas, tais como O Evange­lho aquariano de Jesus, o Cristo.

Uma visão distorcida de Deus e de Jesus — Muitas seitas estabelecem uma visão distorcida de Deus e de Jesus. Os adeptos da Unidade Pentecostal "Somente Jesus", por exem­plo, negam a Trindade e aderem a uma forma de modalismo, alegando que Jesus é Deus, e que "Pai", "Filho" e "Espírito Santo" são apenas nomes singulares de Jesus. As Testemu­nhas de Jeová negam tanto a Trindade como a absoluta divindade de Cristo, dizendo que Cristo é menor do que o Pai (que é o Deus Todo-Poderoso). Os mórmons dizem que Jesus foi procriado (por um pai e uma mãe celestiais) em determinada ocasião, sendo também o espírito-irmão de Lúcifer. Os mórmons falam também de uma "trindade", porém a redefinem em forma de triteísmo (ou seja, três deuses). Os bahais dizem que Jesus foi apenas um dos mui­tos profetas de Deus. O Jesus dos espiritualistas (ou espíri­tas) é apenas um médium avançado. O Jesus dos teosofistas é uma mera reencarnação do chamado "Mestre do Mun­do" (do qual se diz que periodicamente reencarna no cor­po de um discípulo humano). O Jesus do psíquico Edgar Cayce é um ser que em sua primeira encarnação foi Adão, e em sua trigésima reencarnação foi "o Cristo".

Em relação ao exposto acima, seitas também negam a res­surreição física de Jesus Cristo. As Testemunhas de Jeová, por exemplo, dizem que Jesus foi levantado dentre os mortos como uma criatura invisível, um espírito. Herbert W. Armstrong, fun­dador da Wordwide Church of God (Igreja Mundial de Deus), também negou a ressurreição física de Cristo em corpo hu­mano. (Observe que há poucos anos a Igreja Mundial de Deus repudiou muitos dos ensinos de Armstrong e tem dado passos significativos em direção à ortodoxia.)

Negar a salvação pela graça —As seitas geralmente negam que a salvação é dada pela graça de Deus, distorcendo assim a pureza do Evangelho. Os mórmons, por exemplo, enfatizam a necessidade de tornarem-se mais e mais perfei­tos nesta vida. As Testemunhas de Jeová dão ênfase à distri­buição de literatura da Torre de Vigia de porta em porta como parte do trabalho para "alcançar" a sua salvação. Herbert W. Armstrong disse que a idéia de que as obras não são um requisito para que uma pessoa alcance a salvação possui raízes em Satanás.

A partir do breve exame acima, fica claro que todas as seitas negam uma ou mais das doutrinas básicas do cristianismo.
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É errado consultar os mortos?

Durante milhares de anos, e em várias partes do mundo, algumas pessoas têm buscado revelações especiais, tentando contatar os mortos. Há alguns que crêem firmemente que os mortos retornam para avisá-los de perigos, ou para guiá-los em suas vidas e decisões, ou para assombrá-los e ameaçá-los. Muitas pessoas procuram médiuns que alegam facilitar seu contato com os mortos.

Todos os esforços para comunicar com os mortos, sejam diretamente ou através de médiuns, são contra a vontade de Deus e resultarão em condenação. A necromancia, ou comunicação com os mortos, foi explicitamente proibida juntamente com várias outras falsas práticas religiosas, quando os israelitas foram resgatados da escravidão egípcia (Deuteronômio 18:9-14). Tais práticas foram a razão pela qual Deus rejeitou as nações que tinham ocupado a terra de Canaã. Ele advertiu seu povo a não imitar esses pecados, porque eles sofreriam a mesma punição de expulsão da terra.

O contexto desta proibição em Deuteronômio 18 ajuda a ver por que a necromancia é abominável a Deus. Depois de uma lista de várias fontes de revelação desaprovadas (18:9-14), encontramos o contraste claro com a fonte aprovada, a Palavra de Deus (18:15). Esta passagem aponta explicitamente para Jesus Cristo, o profeta que seria levantado por Deus. Entender este princípio nos ajuda a ver porque todas as formas de idolatria, advinhação, astrologia, feitiçaria e necromancia são erradas. Procurar revelação de tais fontes é rejeitar a autoridade do Filho de Deus.

Muitas pessoas citam o exemplo do Rei Saul (1 Samuel 28) para justificar a necromancia. Um estudo deste capítulo e da história subseqüente (no fim do livro) mostra que Saul desobedeceu frontalmente a lei de Deus. A revelação que lhe foi feita não o ajudou a ter melhor sorte, mas mostrou-lhe que ele morreria no dia seguinte, devido aos seus pecados contra Deus.

O Novo Testamento condena explicitamente a idolatria (Romanos 1:22-23; 2 Coríntios 6:14 - 7:1) e a feitiçaria (Gálatas 5:20). Jesus é a fonte de revelação de Deus ao homem de hoje (Hebreus 1:1-2). Ele está acima de todos e merece plena honra (Colossenses 1:13-18). É errado buscar orientação espiritual de outras fontes (Colossenses 2:8-9,20-23; 3:1-3).

Dennis Allan

Quando Jesus entrou no Santo dos Santos no céu?

O tabernáculo feito sob a supervisão de Moisés foi uma cópia das coisas verdadeiras no céu (Hebreus 8:5; 9:23). O trabalho do sumo sacerdote prefigurava a obra de Cristo, o qual ofereceu o único sacrifício capaz de remover pecados. Os sumo sacerdotes levíticos entravam uma vez por ano, fazendo sacrifícios pelos próprios pecados e pelos erros do povo (Hebreus 9:7).

Jesus se tornou sacerdote e sacrifício, quando entrou no Santo dos Santos com seu próprio sangue (Hebreus 9:12). O autor de Hebreus não deixa dúvida sobre este fato. Jesus já havia entrado no Santo dos Santos quando o livro de Hebreus foi escrito, no primeiro século: 

"Não por meio de sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, entrou no Santo dos Santos, uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção" (Hebreus 9:12). 

 Podemos falar com mais precisão ainda. Hebreus 10:12 disse que Jesus fez seu sacrifício e assentou-se à destra de Deus. Pedro afirmou, sete semanas depois da morte de Jesus, que isso já tinha acontecido (Atos 2:32-36).

Infelizmente, há falsos mestres que negam esses fatos tão óbvios. Quando as profecias de William Miller sobre a volta de Cristo fracassaram (ele disse que Jesus voltaria em 1843, e depois "corrigiu" seus cálculos e disse que ia acontecer em 1844), alguns dos seus colegas alegaram que Deus revelou o que realmente aconteceu em 1844. Disseram que Jesus entrou no Santo dos Santos, para fazer um tipo de julgamento investigativo. Entre os falsos profetas que defenderam esse erro foram Hiram Edson e O. R. L. Crosier. Mas, a pessoa mais conhecida que adotou essa falsa doutrina foi Ellen G. White, a profetisa dos primeiros dias do movimento adventista. Muitas das doutrinas da Igreja Adventista do Sétimo Dia têm suas origens nos livros dessa falsa profetisa. Uma vez que os ensinamentos dela claramente contradizem a Bíblia, devemos a rejeitar totalmente (Gálatas 1:6-10; Deuteronômio 18:20-22).

Apesar das doutrinas humanas que negam a palavra de Cristo, ele continua sendo o mesmo vencedor. Ele está junto ao Pai, onde nós aspiramos chegar: 

"Portanto, se fostes ressuscitados juntamente com Cristo, buscai as coisas lá do alto, onde Cristo vive, assentado à direita de Deus" (Colossenses 3:1).


Dennis Allan

Serão salvas as pessoas de religiões não cristãs?

Algumas pessoas acreditam que as religiões mundiais o islamismo, o cristianismo, o hinduismo, etc. são, apenas diferentes, mas igualmente boas, maneiras de adorar a Deus. Elas dizem que o hinduismo é o caminho de Deus para os orientais; que o islamismo é o caminho de Deus para os árabes; e que o cristianismo é o caminho de Deus para as civilizações ocidentais, etc.

Jesus, porém, disse: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim" (João 14:6). Em outra ocasião, Jesus afirmou: "Se não crerdes que eu sou, morrereis nos vossos pecados" (João 8:24). Jesus enviou seus discípulos para pregar a todas as nações, ordenando a cada homem que se arrependa e obedeça ao evangelho (Mateus 28:18-20). Paulo disse que Deus ordena a todos os homens, em qualquer lugar, que se arrependam, porque o mundo será julgado por Jesus Cristo (Atos 17:30-31). O mínimo que pode ser dito é que Jesus declarou ser o caminho exclusivo da salvação para todas as pessoas, de todas as raças, em todas as nações. Você pode decidir rejeitar isto, mas já não crerá mais em Jesus, se fizer isso.

Realmente, se os homens pudessem ser salvos pelo islamismo, o hinduismo, o budismo, o taoismo ou qualquer outra coisa, Jesus não precisaria ter sido crucificado. O sacrifício de Cristo seria desnecessário, se um homem seguindo, cuidadosamente, os princípios do hinduismo pudesse ser salvo. Há um só Deus, um só Salvador, um só Senhor, um único caminho da salvação, um só evangelho, uma única esperança (veja Efésios 4:4-6). Muitas são as invenções e perversões dos homens.

Gary Fisher

O que a Bíblia ensina sobre a situação dos mortos?

O homem tem tanto um corpo material como um espírito imortal. Ao morrer, o corpo do homem retorna à terra e se consome. Pela fé, o cristão também sabe que quando Cristo retornar, no final dos tempos, nossos corpos ressuscitarão dentre os mortos em estado imperecível e incorruptível. (Estude 1 Coríntios 15 para maiores minúcias.)

Ao morrer, o espírito do homem retorna a Deus (Eclesiastes 12:7). Paulo disse que, quando ele morresse, estaria presente com o Senhor (2 Coríntios 5:6-8; Filipenses 1:21-23). Mesmo os espíritos dos homens ímpios permanecem conscientes, sofrendo tormento (Lucas 16:19-31). Muitas pessoas ficam confusas com a palavra "morte". Elas crêem que ela significa aniquilação ou o fim da existência. Contudo, a idéia básica na palavra "morte" é separação. A morte material significa separação do corpo e do espírito. A morte espiritual significa a separação do homem e de Deus. Quando eu morro, eu não deixo de existir, mas de fato minha alma e meu corpo são separados.

Assim, aqui está o que a Bíblia diz sobre a situação dos mortos: seus corpos retornam ao pó, aguardando a ressurreição. Seus espíritos estão ou no paraíso, com Deus, ou em tormento, dependendo de seus atos quando estavam em seus corpos.

Gary Fisher

Por que não pôde Esaú arrepender-se, se ele buscou isso com lágrimas? Hebreus 12:17

PROBLEMA: A Bíblia nos informa de que Esaú "foi rejeitado, pois não achou lugar de arrependimento, embora, com lágrimas, o tivesse buscado". Mas por que Deus não aceitaria seu arrependimento sincero, já que ordena a todos os homens em toda parte que se arrependam (At 17:30), ficando pacientemente à espera de que as pessoas assim procedam (2 Pe 3:9)?

SOLUÇÃO: Há duas coisas importantes a observar com relação a essa passagem. Primeiro, a expressão "não achou lugar de arrependimento" pode referir-se à não-disposição de seu pai de mudar de idéia quanto a dar a herança a Jacó, e não ao arrependimento de Esaú. De qualquer modo, as circunstâncias não permitiram que Esaú tivesse a oportunidade de reverter a situação, obtendo a bênção.

Segundo, lágrimas não constituem um sinal seguro de que alguém tenha se arrependido de verdade. Pode-se ter até mesmo lágrimas de pesar e de remorso, que não alcançam o verdadeiro arrependimento nem a mudança de pensamento (cf. Judas, em Mateus 27:3).

Finalmente, esse texto não fala da bênção espiritual (salvação), mas da bênção terrena (herança). Deus sempre honra o arrependimento sincero de pecadores e lhes propicia a salvação (At 10:35; Hb 11:6).

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Será que todos os nomes apresentados nessa "galeria dos homens de fé" deveriam mesmo fazer parte dela? Hebreus 11:32

PROBLEMA: Por que Baraque, Sansão e Jefté são apresentados como grandes homens de fé, ao lado de Abraão, Moisés e José? Afinal de contas, eles erraram de muitas maneiras.

SOLUÇÃO: É verdade que Baraque não quis ir à guerra sem Débora, e demonstrou falta de liderança. Sansão tinha uma queda por mulheres e Jefté negociou com os amonitas, o que ele não deveria ter feito. Contudo, nenhum desses atos obrigaria necessariamente a exclusão de tais homens dessa lista de heróis da fé, pois, como o NT diz, "todos pecaram e carecem da glória de Deus" (Rm 3:23).

Isso é uma verdade até mesmo a respeito de outros mencionados nessa grande lista de homens de fé. Abraão mentiu a respeito de Sara, sua mulher, e Moisés matou um homem. Davi será sempre lembrado por seu adultério com Bate-Seba, mas mesmo assim Deus disse ser ele alguém "que andou após mim de todo o seu coração" (1 Rs 14:8).

O que destaca esses homens dos demais é a fé que tinham, e não os pecados que cometeram. A fé heróica desses homens propiciou sua inclusão nessa "galeria dos homens de fé". Por exemplo, mesmo depois de seu declínio, Sansão realizou poderosos atos de fé e conseguiu grandes coisas para Deus, destruindo mais inimigos de Deus na sua morte do que o fez em toda a sua vida (Jz 16:30).

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Há uma divergência a respeito da morte de Jacó? Hebreus 11:21 (cf. Gn 47:31)

PROBLEMA: Hebreus menciona que Jacó morreu em uma postura de adoração, "apoiado sobre a extremidade do seu bordão" (11:21). Contudo, Gênesis 47:31 diz que Jacó "se inclinou sobre a cabeceira da cama". Como conciliar essa visível contradição?

SOLUÇÃO: As palavras que em hebraico correspondem a "bordão" e a "cama" são escritas com as mesmas consoantes. Como as vogais não eram escritas no texto original, mas foram acrescentadas por volta do ano 700 a.D., as palavras acima eram escritas da mesma forma, somente com as consoantes. A Septuaginta traduz essa passagem de Gênesis com a palavra "bordão", ao passo que textos judaicos posteriores da Massorá traduzem por "cama" em vez de "bordão". A luz disso, "extremidade do seu bordão" (Hb 11:21) torna-se a tradução provável desses dois versículos, enquanto a versão que usa a palavra "cama" (de Gn 47:31) seria um erro no que diz respeito às vogais subentendidas.

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Abraão sabia para onde ia, quando deixou a sua terra natal em obediência a Deus? Hebreus 11:8

PROBLEMA: O autor de Hebreus nos informa de que Abraão "partiu sem saber aonde ia". Contudo, Gênesis 12:5 afirma que Abraão e sua família "partiram para a terra de Canaã".

SOLUÇÃO: Quando Abraão foi chamado por Deus, ele não sabia para onde acabaria indo. Deus lhe dissera simplesmente: "vai para a terra que te mostrarei" (Gn 12:1); ou, segundo a versão de Hebreus, "para um lugar que devia receber por herança; e partiu sem saber aonde ia" (Hb 11:8). A afirmação (Gn 12:5) de que ele partiu "para a terra de Canaã é o que o autor de Gênesis registrou em retrospectiva; não era algo que Abraão soubesse quando partiu.”


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Os sacrifícios do AT fizeram expiação pelos pecados? Hebreus 10:11

PROBLEMA: Levítico 17:11 afirma que Deus estabeleceu sacrifícios de sangue "para fazer expiação" pelas nossas almas. Mas Hebreus parece contradizer isso, afirmando que o sacerdote da linhagem de Arão "se apresenta dia após dia a exercer o serviço sagrado e a oferecer muitas vezes os mesmos sacrifícios, que nunca jamais podem remover pecados"(Hb 10:11). 

SOLUÇÃO: Os sacrifícios no AT não tinham o propósito de remover o pecado, mas de apenas cobri-lo até a vinda de Cristo, o qual, este sim, pôde n mover o pecado. Cada sacrifício de sangue antes de Cristo apontava para ele. O cordeiro pascal era um tipo que prenunciava o comprimento em "Cristo, nosso Cordeiro pascal, [que] foi imolado" (1 Co 5:7).

Os sacrifícios do AT apenas proporcionaram uma cobertura temporária dos pecados, até que Cristo propiciasse a solução definitiva ao problema do pecado. Cada oferenda do AT tinha como que uma "nota de débito", que permaneceu aguardando até que fosse pago pelo "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" (Jo 1:29).

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Como podemos explicar a citação do Salmo 40, feita de forma distorcida? Hebreus 10:5-7

PROBLEMA: O Salmo 40:6 cita o Messias dizendo: "abriste os meus ouvidos", mas o escritor de Hebreus cita-o como: "um corpo me formaste" (Hb 10:5). Não há semelhança alguma entre essas citações. O NT parece distorcer completamente a passagem do AT.

SOLUÇÃO: Essa dificuldade surge do fato de que o autor de Hebreus cita uma versão grega do AT (a Septuaginta), ao passo que o Salmo 40 originalmente foi escrito em hebraico. Entretanto, isso não resolve a dificuldade para todo aquele que crê na inspiração da Bíblia, já que uma vez que uma passagem é citada no NT, tem-se a garantia de sua veracidade. Como, então, esse aparente erro de citação pode ser explicado?

A solução pode recair no fato de que Hebreus é uma versão livre, e o Salmo é uma tradução mais literal da mesma idéia, a saber: "Tu me tens preparado para um serviço obediente". A frase do Salmo - "abriste os meus ouvidos" - pode ser uma figura de linguagem que se refere ao ato de furar a orelha de um escravo como sinal de submissão ao seu senhor. Nesse caso, Hebreus na verdade torna mais claro o sentido dessa obscura figura de linguagem, com sua versão mais "livre".

Outros declaram que isso é uma sinédoque, na qual uma parte está pelo todo. Isso quer dizer, se Deus está para "abrir as orelhas" (de forma que o Messias obedeça a Deus e se torne um sacrifício pelo pecado), então ele tem de "preparar um corpo" para si, no qual possa entrar no mundo e realizar a sua divina missão (cf. Hb 10:5). De qualquer modo, tem-se uma solução satisfatória para essa dificuldade, atendendo também ao princípio de que as citações do NT não precisam ser referências exatas, contanto que sejam fiéis à verdade contida no texto do AT.

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Havia três coisas na arca, ou apenas as tábuas de pedra? Hebreus 9:4

PROBLEMA: Essa passagem declara que a arca da aliança tinha a urna de ouro contendo o maná, a vara de Arão, que floresceu, e as tábuas da aliança. Mas em outra parte é dito que apenas as tábuas de pedra lá estavam (Êx 40:20; Dt 10:5; 1 Rs 8:9). O que é certo?

SOLUÇÃO: As duas "tábuas de pedra" (i.e., os Dez Mandamentos) não são "o livro da lei". Este não foi posto na arca, mas ao lado dela (Dt 31:26). Originalmente, todos os três itens (as tábuas de pedra, a urna do maná e a vara de Arão) estavam na arca (como Hebreus 9:4 diz). Posteriormente, essas duas últimas coisas foram removidas (Êx 40:20).


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O altar do incenso ficava no Santo Lugar ou no Santo dos Santos, atrás do véu? Hebreus 9:3-4

PROBLEMA: De acordo com Êxodo 30:6 (cf. 26:33; 40:3), o altar do incenso encontrava-se no Santo Lugar, defronte do véu, e não no Santo dos Santos, atrás do véu. Entretanto, Hebreus 9:3-4 afirma que ele estava "por trás do... véu [no]... tabernáculo que se chama o Santo dos Santos".

SOLUÇÃO: Várias possíveis soluções têm sido sugeridas para essa dificuldade. Qualquer uma delas resolveria o problema.

1. O texto teria sido alterado por um erro de copista. Alguns eruditos observam que possivelmente haja uma deslocação de texto nessa passagem, e que a frase referente ao "altar de ouro" (v. 4) na verdade pertenceria ao versículo 2, junto com os demais utensílios no Santo Lugar. Eles observam que esta é a forma que consta em alguns manuscritos antigos, tais como no Vaticanus (no século IV), no Cóptico e em versões etiópicas.

Outros objetam dizendo que a evidência textual e praticamente todas as traduções modernas se opõem, de forma esmagadora, àquelas isoladas exceções. Dizem ainda que os poucos textos dessas exceções deixam a impressão de que são o resultado de uma tentativa de "corrigir" a passagem considerada difícil de ser entendida.

2. O altar estava do lado de dentro do véu. Aceitando-se o que diz Hebreus 9:3-4, tem-se argumentado que o altar do incenso sempre esteve dentro do Santo dos Santos. Essa posição é sustentada pelos seguintes argumentos. Primeiro, está de acordo com a afirmação bem clara de Hebreus 9:3-4.

Segundo, isso é o que se pode deduzir de outras passagens que falam desse altar como estando "diante da arca do Testemunho" (Êx 40:5), a qual encontrava-se no Santo dos Santos. Terceiro, há algumas versões em que 1 Reis 6:20 menciona o altar do incenso como pertencente ao santuário interior (como, por exemplo, a tradução inglesa de Phillip E. Hughes).

Os que se opõem a essa posição têm apresentado várias objeções. Primeiro, que ela está em desacordo com o que é registrado de forma bem clara no AT (por exemplo, Êx 30:6-10), cujos textos se referem ao altar de incenso como estando no Santo Lugar, junto com o pão e as lâmpadas. O sacerdote, que era proibido de entrar no Santo dos Santos (exceto no dia da expiação), servia no altar de incenso diariamente (Êx 30:6-11). Segundo, Filo, Josefo e outras autoridades judaicas apontaram com unanimidade para a localização do altar de incenso como sendo do lado de fora do véu, no Santo Lugar.

Finalmente, o NT também se refere a ele como estando do lado de fora do véu, onde os sacerdotes comuns, como Zacarias, ministravam (Lc l:5ss).

3. O véu era removido no dia da expiação. De acordo com essa posição, o altar do incenso permanecia normalmente do lado de fora do véu, no Santo Lugar. Entretanto, os que defendem essa posição crêem que, no dia da expiação, o véu era removido para trás de forma que o sacerdote pudesse ter fácil acesso ao altar de incenso, para usá-lo no Santo dos Santos. O que dá respaldo a essa posição decorre do seguinte: Primeiro, a Bíblia geralmente fala do altar de incenso como estando separado do Santo dos Santos por um véu (cf. Êx 30:6; Lv 16:12,15,17). A única ocasião em que esse altar ficava acessível ao sacerdote no Santo dos Santos era no dia da expiação (cf. Lv 16:2; Hb 9:7).

Finalmente, isso está de acordo com a tipologia do sacerdote do AT, que fazia uma vez por ano o que Cristo fez uma vez para sempre (cf. Hb 10:10-11), ou seja, a remoção do véu que nos separa de Deus. A esse respeito observa-se que Cristo rasgou o véu (Mt 27:51), e que não há mais separação entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos.

Os principais problemas a respeito dessa visão são os seguintes: Primeiro, não há passagem que realmente fale sobre o véu ser removido no dia da expiação. Segundo, isso pode levar essa tipologia longe demais, afinal de contas, nem tudo que o sacerdote do AT fazia prefigurava Cristo. Por exemplo, eles continuavam a oferecer sacrifícios após o dia da expiação (Hb 10:11); Cristo não fez isso. Terceiro, há passagens que com clareza dão a entender que o véu permanecia em seu lugar no dia da expiação e que o sacerdote ia "para dentro do véu" para realizar o seu trabalho (Lv 16:12; cf. 15,17, 23, 27).

4. Havia dois altares de incenso. Alguns estudiosos afirmam que havia dois altares, um dentro e outro fora do véu, resolvendo assim a questão. Eis a solução tem o mérito de explicar todos os dados envolvidos, e de escapar de todas as dificuldades existentes nas duas posições precedentes.

Entretanto, há grandes problemas com essa posição. Primeiro, não há referência alguma a dois altares de incenso nem no AT nem no NT. Segundo, autoridades judaicas (tais como Filo e Josefo) não fazem referência a esse possível segundo altar.

Terceiro, se houvesse dois altares, então o autor de Hebreus poderia ser responsabilizado por uma grave omissão, já que ele não faz referência alguma ao altar de incenso do Santo Lugar, que fazia parte do ministério normal, diário, do sacerdote (Hb 9:3-4).

Finalmente, essa é uma sugestão que parece ser do tipo conciliadora, ou seja, propõe uma solução,  mas sem apresentar uma base real para sustentá-la.

5. O incensaria de ouro difere do altar de ouro. Essa posição afirma que a palavra grega thumiaterion, que freqüentemente é traduzida por "altar de ouro"(Hb 9:4) poderia ser também "incensário de ouro" (como traduzem as versões R-IBB e SBTB). Isso resolveria a dificuldade, já que o altar de incenso permaneceria fora do véu e o incensário de ouro ficaria do lado de dentro, onde o sacerdote poderia usá-lo no dia da expiação.

Em apoio a essa posição, os seguintes argumentos poderão ser considerados: Primeiro, "incensário" é uma tradução aceitável da palavra grega thumiaterion, que pode significar tanto o lugar como o instrumento do incenso. Segundo, essa mesma palavra grega é usada com o sentido de incensário em outras partes da versão grega do AT (cf. Ez 8:11; 2 Cr 26:19). Terceiro, essa posição tem o suporte do Mishnah judaico, que dá uma detalhada descrição desse incensário de ouro. Quarto, ela evita a evidente contradição de se ter um altar em dois lugares.

Quinto, ela está conforme o fato de que o altar de incenso geralmente é mencionado junto com o pão e as lâmpadas (que se acham sempre Santo Lugar), ao passo que o incensário de ouro é usado uma só vez por ano no Santo dos Santos (Lv 16:2,12, 29).

Sexto, a Arão, sumo sacerdote, foi expressamente ordenado que queimasse incenso num incensário diante do Testemunho no dia da expiação (Lv 16:12-13). Sétimo, na condição de mestre judeu, conhecedor da lei, o autor de Hebreus teria familiaridade com os utensílios e com o ritual do templo. Oitavo, sua mensagem não teria tido aceitação alguma, entre os leitores hebreus, caso tivesse ele cometido um erro tão grosseiro, mencionando erradamente a posição do altar do incenso.

Nono, considerando-se que esse instrumento de incenso era usado uma vez só por ano no Santo dos Santos, nada seria mais razoável do que admitir que ele fosse deixado lá.

Contudo, por mais que se possa falar em favor dessa posição, ela também enfrenta algumas objeções. Em primeiro lugar, a palavra grega em questão normalmente se traduz por "altar de ouro" (por exemplo, na ARA, na NVI, na EC, na TLH, na BV e na BJ) e não por " incensário de ouro" (que consta, porém, na R-IBB e na SBTB).

Segundo, se a tradução correta for "incensário de ouro", então o autor de Hebreus estará incorrendo num erro grosseiro de não fazer menção ao altar do incenso, e isso é pouco provável, considerando-se a sua relevância em meio aos utensílios do tabernáculo e no ofício sacerdotal diário.

Terceiro, se a referência fosse mesmo a um incensário, ele não teria sido feito de ouro, mas de bronze, para poder agüentar o calor das brasas do incenso. Finalmente, o mesmo termo é empregado por autoridades judaicas daquela época (Filo e Josefo) em referência ao altar de incenso.

6. O altar do incenso era removido no dia da expiação. Outros eruditos afirmam que Hebreus 9:3-4 é uma referência ao "altar de ouro" de incenso que era removido de seu local habitual, isto é, do lado de fora do véu, na data especial do dia da expiação. Há vários argumentos em favor dessa tese. Primeiro, ela resolve o aparente conflito ao sustentar que havia uma só peça, que era posta em dois lugares diferentes nas ocasiões apropriadas.

Segundo, ela explica todos os fatores envolvidos, de forma consistente. Terceiro, não faz uso da teoria de natureza especulativa da existência de dois altares. Quarto, parece ser inconcebível que o autor de Hebreus, escrevendo a hebreus cristãos, que tinham familiaridade com esses fatos, fosse errar ao mencionar a posição desse importante item do tabernáculo. Essa posição está livre dessa situação tão improvável.

Quinto, ela explica como o sumo sacerdote podia usar esse altar com tanta facilidade na purificação do Santo dos Santos no dia da expiação, uma vez que o altar de incenso havia sido removido para lá naquele dia.

Sexto, ela se ajusta muito bem às outras referências das Escrituras ao oferecimento de incenso na presença real de um santo Deus (Ap 8:3;9 13). Sétimo, ela é coerente com 1 Reis 6:22, que diz: "todo o altar [de incenso] que estava diante do Santo dos Santos".

Oitavo, Êxodo 30:6 (cf. 40:5) pode ser entendido como instruções para remover o altar do incenso para o Santo dos Santos no dia da expiação. De igual modo, Hebreus 9:6 pode abarcar também a menciona essa remoção, quando diz: "Ora, depois de tudo isto assim preparado...".

Nono, o livro judeu Apocalipse de Baruque (6.7), que pertence a esse mesmo período, descreve o Santo dos Santos como um lugar que continha o altar do incenso.

Tem-se sugerido que, por não haver uma explícita referência à remoção do altar do incenso no dia da expiação, essa posição seja problemática. Assim também, alguns têm questionado como o sumo sacerdote poderia remover sozinho esse altar, que era pesado. Mas nenhum desses argumentos são fortes o suficiente, uma vez que nem tudo é explicitamente registrado nas Escrituras, e que os outros sacerdotes bem poderiam cuidar dos procedimentos necessários para o dia expiação.

7. O altar estaria "dentro" por uma associação doutrinária. Alguns estudantes da Bíblia sugeriram que o altar do incenso de fato se localizava lado de fora do véu, mas que em Hebreus 9:3-4 foi mencionado como estando atrás do véu, em vista de sua forte ligação com a arca da arca e com o sacrifício expiatório que lá era oferecido.

Para resumir, Hebreus estaria mencionando o altar como estando lá dentro por uma questão de associação doutrinária, e não como referencia à sua localização física. Em apoio a essa conclusão eles citam o fato de que o autor de Hebreus usa o particípio "tendo" (echousa) em vez da expressão "no qual" (en hê), que claramente denotaria uma localização física.

Essa posição, é claro, resolveria muitos dos problemas associados às outras opiniões, mas ela em si cria seus próprios problemas. Em primeiro lugar, a mesma palavra (echousa), que tem o sentido de "tendo", é usada com um sentido físico nessa mesma passagem (cf. v. 4). Além disso, as duas frases são usadas de forma intercambiável nesse texto, indicando que é mais uma questão de variação de estilo do que um desejo de dar uma impressão de um sentido não físico, mas relacional.

Para resumir, embora qualquer uma dessas posições seja possível e poderia resolver a dificuldade, algumas delas parecem improváveis (1:7). Outras parecem ser mais prováveis (5 e 6). Não importando qual delas seja a correta, o fato é que essa questão não demonstra haver um erro na Bíblia. Pelo contrário, várias soluções aceitáveis acham-se disponíveis.

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Norman Geisler - Thomas Howe.

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