Autoritarismo — O autoritarismo envolve a aceitação de uma figura de autoridade, que freqüentemente utiliza técnicas de controle mental sobre os membros do grupo. Como profeta e/ou fundador, a palavra desse líder é considerada final. O falecido David Koresh, da seita Branch Davidian (Ramificação Davidiana) em Waco, no estado do Texas, é um exemplo trágico. Outras seitas que envolvem autoritarismo incluem os Meninos de Deus (agora chamados de A Família) e a Igreja da Unificação.
Os profetas/fundadores de seitas não devem ser confundidos com Martinho Lutero e John Wesley. As diferenças são significativas. Um reformador, em contraste com o fundador de uma seita, lidera as pessoas através do amor, e não do medo. Influencia por amor, não por ódio. Procura motivar os corações mas não tenta controlar os pensamentos. Lidera os seus seguidores como um pastor lidera ovelhas; não as conduz como bodes.
Exclusivismo — Outra característica das seitas é um exclusivismo que declara: "Somente nós temos a verdade". Os mórmons acreditam que são a comunidade exclusiva dos salvos na terra. As Testemunhas de Jeová acreditam que são a comunidade exclusiva dos salvos.
Alguns grupos manifestam o exclusivismo através de sua prática de vida em comunidades. Sob tais condições, é mais fácil manter controle sobre os membros da seita. Exemplos desse tipo poderiam incluir os Meninos de Deus e a Branch Davidian.
É importante observar que existem alguns grupos religiosos que praticam a vida em comunidade, porém não são seitas. O grupo The Jesus People USA (O povo de Jesus nos EUA), em Chicago, constitui um exemplo de um bom grupo cristão que vive em comunidade.
Dogmatismo — Relacionadas de perto com o exposto acima, muitas seitas são dogmáticas — e esse dogmatismo é freqüentemente expresso de forma institucional. Por exemplo, os mórmons declaram ser a única igreja verdadeira na terra. As Testemunhas de Jeová dizem que a Sociedade Torre de Vigia é a única voz de Jeová na terra. David Koresh declarou-se a única pessoa capaz de interpretar a Bíblia. Muitas seitas acreditam ter a verdade dentro de uma pasta, como se ela ali estivesse. Pensam que somente elas estão de posse dos oráculos divinos.
Mentes fechadas — De mãos dadas com o dogmatismo está a característica de possuir mentes fechadas. Essa indisposição de ao menos considerar qualquer outro ponto de vista tem freqüentes manifestações radicais. Um mórmon educado que encontramos nos disse que não lhe importaria se pudesse ser provado que Joseph Smith foi um falso profeta; ele ainda assim continuaria sendo um mórmon. Um homem testemunha-de-Jeová que certa vez encontramos recusou-se a concluir a leitura de um artigo que provava a divindade de Cristo porque, disse ele: "Isso está incomodando a minha fé".
Susceptibilidade — O perfil psicológico de muitas pessoas que são "sugadas" para dentro de seitas não é do tipo bajulador. Com certa freqüência, as pessoas que se juntam a uma seita são altamente incautas. Algumas vezes são até mesmo psicologicamente vulneráveis. Mas, acima de tudo, a mentalidade nas seitas é caracterizada por uma compartimentalização não saudável (isto é, elas "põem em compartimentos" fatos conflitantes e ignoram qualquer coisa que contradiga as suas afirmações). Muitos mórmons possuem uma "chama em seu seio" que faz com que seja praticamente impossível argumentar com eles sobre a sua fé. Membros de seitas freqüentemente aceitam ensinos conforme um tipo de fé cega, que é insensível à argumentação sensata. Um missionário mórmon declarou que acreditaria no Livro de Mórmon, ainda que o livro dissesse que existem círculos quadrados!
Isolamento — As seitas mais extremistas criam às vezes fronteiras fortificadas, freqüentemente precipitando finais trágicos, tais como o desastre em Waco, no estado do Texas, com a seita Branch Davidian. Desertores são considerados traidores, passando a correr risco de vida e sendo perseguidos pelos membros mais zelosos da seita. Em muitos casos, diz-se aos membros da seita que se abandonarem o grupo serão atacados e destruídos por Satanás. A construção de tais barreiras, seja de caráter físico, seja de caráter psicológico, criam um ambiente de isolamento que, por sua vez, leva ao antagonismo.
Antagonismo — Em um contexto de isolamento, são gerados tanto o medo como o sentimento de hostilidade em relação ao mundo exterior. Todos os outros grupos são considerados apóstatas, "o inimigo" e "as ferramentas de Satanás". Em casos extremos, esse fato pode levar a conflitos armados, como aconteceu em Jonestown e emWaco.
Resposta as Seitas -
Norman G. Geisler e Ron Rhodes -
CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus
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