SOLUÇÃO: A ira em si não é necessariamente uma ação errada. De fato, a ira diante do pecado definitivamente é uma ação correta. Jesus irou-se diante da incredulidade e da hipocrisia (cf. Mt 23; Jo 2:13-17), e Deus se ira diante da perversidade e da apostasia (cf. Êx 4:14; Nm 11:1). O que é errado não é irar-se diante do pecado, mas pecar com ira. Em resumo, há tanto um bom sentido como um mau sentido para a ira:
BOA IRA | IRA MÁ |
Correta indignação | Irrupções injustas |
Sob autocontrole | Sem autocontrole |
Ira diante do pecado | Ira em pecado |
Como uma expressão espiritual | Natural (da carne) |
Graças a Deus. Comentando, corroborando – aproveitando este espaço bondosamente franqueado para meditação na Palavra – e buscando utilizar o mais intensamente possível a "solução" que a Escritura aponta e disponibiliza para o "problema":
ResponderExcluir"Correta indignação"- decorrente, por óbvio, do exercício de, por exemplo, Fp 2.13, Rm 8.14, etc. (Visto que, fora dessa esfera, minha indignação humana - mesmo que seja "correta", no sentido de "justamente motivada" - será expressão carnal e reprovada por Deus.)
"Sob autocontrole"- significando, naturalmente, sob a "temperança" oferecida em, por exemplo, Gl 5.22, Rm 12.21, etc. (Vez que meu "autocontrole" natural (e.g. Rm 2.14, Gl 3.3), extinguindo, substituindo e/ou simulando a expressão do fruto do Espírito, conquanto logre muitas vezes suprimir a manifestação indesejável de pecados, encontra-se - tanto quanto a própria ira descontrolada - na condição “carnal” bem descrita em Rm 7.18).
"Ira diante do pecado"- resultante, por certo, de experiência pessoal de, por exemplo, Rm 12.11, Jo 2.15. (Considerando a "ira diante do pecado" descrita em, p.ex., Jó 5.2b ou Pv 25.26, em contraposição à experiência de IICo 10.4 ou Jo 8.10-11).
"Como uma expressão espiritual"- amém. Certamente no sentido de que essa "expressão espiritual" signifique a experiência contida em, por exemplo, Rm 12.11,14. Considerando que embora o mais ostensivo opositor das operações do Espírito de Deus no homem seja a "carne", a Escritura previne (e.g. At 16.17, ICr 21.2,1) a respeito da existência de "expressão espiritual" no ser humano que, mesmo não sendo "natural (da carne)", também não o é do Espirito.