Cavalos e carros enchiam as montanhas, mas o servo do profeta não podia vê-los até que o Senhor o tornou capaz de enxergar (2 Rs 6:17). Nem o próprio profeta presenciaria o voo de seu mestre, se sua própria alma não tivesse passado por um processo de prova e preparação (2 Rs 2:1-12). A Daniel foi concedido olhar para um ser glorioso e celestial, e ouvir sua voz como a voz de uma multidão; mas os homens que estavam atrás de si nada viram - apenas terror caiu sobre eles (Dn 10:5-7). A glória no monte santo brilhou somente aos olhos de Pedro, Tiago e João, embora houvesse um brilho como do Sol, capaz de ter iluminado toda a Terra (Mt 17:1-2).
Muitos corpos de santos ressuscitaram, mas somente aqueles a quem foi concedido puderam saber daquela ressurreição; pois os olhos e ouvidos comuns dos homens não puderam participar daquela grande ocasião (Mt 2:52-53). O céu se abriu para Estêvão e ele pode ver a Jesus e Sua glória; mas o povo ali reunido nada viu (At 7:56). Se Paulo foi ao paraíso no corpo (e se foi no corpo ou fora do corpo não podemos dizer), ninguém viu (2 Co 12:1-4). Assim como quando Filipe foi trasladado de Gaza para Azoto, ninguém acompanhou o seu voo, pois o Espírito o carregou (At 8:39-40). Na voz e na presença de Jesus, que interromperam Saulo em sua jornada a Damasco, não houve palavra para o ouvido de seus companheiros, e nenhuma forma humana houve para seus olhos: para eles tudo não passou de brilho e som; mas Saulo viu e ouviu tudo e durante algum tempo participou daquilo (At 9:7; 22:9; 26:13).
Portanto, acaso não foram todas as circunstâncias que acompanham o arrebatamento dos santos assim previstas? No entanto, segredo e silêncio, de uma forma geral, marcaram todas elas. Muitas foram as visões e audições, ressurreições, voos e ascensões, a glória aqui na Terra, os céus abertos nas alturas, e, ainda assim, o homem ficou alheio a tudo isso. E isto é simples e fácil de entender, pois todas essas coisas pertencem às regiões e energias do Espírito, ficando além do alcance das faculdades naturais do homem. "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las" (1 Co 2:14). Se o Espírito não quiser, o olho e o ouvido não estarão sintonizados com aparições e vozes do Espírito.
E, além de tudo isso, deixe-me acrescentar que Jesus ressuscitou; e ressuscitou saindo de um túmulo de pedra maciça, e do meio de uma guarda de soldados atentos; mas nenhum olho ou ouvido humano participou do segredo daquele momento. E a ressurreição de Jesus trata-se das primícias. Foi um fato que passou despercebido; um momento que não foi conhecido. Depois, o anjo desceu, acompanhado de um tremor de terra, e rolou a pedra. Sentou-se, então sobre a pedra em triunfo, lançando a sentença de morte sobre os guardas, e animando as mulheres que amavam e buscavam por Jesus.
Portanto, acaso não foram todas as circunstâncias que acompanham o arrebatamento dos santos assim previstas? No entanto, segredo e silêncio, de uma forma geral, marcaram todas elas. Muitas foram as visões e audições, ressurreições, voos e ascensões, a glória aqui na Terra, os céus abertos nas alturas, e, ainda assim, o homem ficou alheio a tudo isso. E isto é simples e fácil de entender, pois todas essas coisas pertencem às regiões e energias do Espírito, ficando além do alcance das faculdades naturais do homem. "O homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las" (1 Co 2:14). Se o Espírito não quiser, o olho e o ouvido não estarão sintonizados com aparições e vozes do Espírito.
E, além de tudo isso, deixe-me acrescentar que Jesus ressuscitou; e ressuscitou saindo de um túmulo de pedra maciça, e do meio de uma guarda de soldados atentos; mas nenhum olho ou ouvido humano participou do segredo daquele momento. E a ressurreição de Jesus trata-se das primícias. Foi um fato que passou despercebido; um momento que não foi conhecido. Depois, o anjo desceu, acompanhado de um tremor de terra, e rolou a pedra. Sentou-se, então sobre a pedra em triunfo, lançando a sentença de morte sobre os guardas, e animando as mulheres que amavam e buscavam por Jesus.
Será que isso não nos mostra que, após o silencioso e secreto arrebatamento dos santos, virá a hora determinada para expor o que aconteceu, quando o poder do Senhor ressuscitado será manifestado, em confusão para o inimigo e em gozo para o ansioso Israel? O arrebatamento secreto de Jesus não afetou os guardas da pedra: eles nada sabiam do fato e não foram afetados por isso. Foram os resultados disso que afetaram os inimigos e os discípulos, lançando juízo sobre uns e gozo sobre outros.
E, depois de haver ressuscitado, embora possa ter andado pela Terra antes, Ele só foi visto por aqueles aos quais isso foi concedido (At 10:40-41). E Ele podia desaparecer da vista deles quando assim o desejasse, ou aparecer em várias maneiras conforme Lhe aprazia, e ninguém podia rastreá-Lo. Este é o maior exemplo; mas tudo isso são fatos que nos ajudam a compreender como, se o Senhor quiser, o silêncio e o sigilo cercarão a Sua vinda do céu para encontrar Seus santos nos ares.
J. G. Bellet
Manjar Celestial
E, depois de haver ressuscitado, embora possa ter andado pela Terra antes, Ele só foi visto por aqueles aos quais isso foi concedido (At 10:40-41). E Ele podia desaparecer da vista deles quando assim o desejasse, ou aparecer em várias maneiras conforme Lhe aprazia, e ninguém podia rastreá-Lo. Este é o maior exemplo; mas tudo isso são fatos que nos ajudam a compreender como, se o Senhor quiser, o silêncio e o sigilo cercarão a Sua vinda do céu para encontrar Seus santos nos ares.
J. G. Bellet
Manjar Celestial
Nenhum comentário:
Postar um comentário
REGRAS AO COMENTAR:
"Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem. Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo." [Efésios 4:29-32 (NVI)]
1 - Todos os usuários deverão se identificar de alguma forma (nome, apelido ou pseudônimo).
2 - Comentários somente com letras maiúsculas serão recusados.
3 - Comentários ofensivos serão deletados.