PROBLEMA: A frase "ele apareceu" significa "ele se tornou visível" para eles (cf. 1 Co 15:5-8). Jesus desaparecia também (Lc 24:31). Com isso, há quem considere que ele não era necessariamente material, mas que apenas se materializava quando aparecia aos seus discípulos e se desmaterializava quando desaparecia. Entretanto, outras passagens declaram que Jesus teve em todo tempo o mesmo corpo material de carne e ossos com o qual morreu (Lc 24:39; Jo 20:27).
SOLUÇÃO: Que o corpo ressurreto de Jesus era um corpo essencialmente material, está bem claro a partir dos seguintes fatos. Primeiro, o corpo ressurreto de Cristo podia ser visto a olhos abertos durante suas aparições. Elas são descritas com a palavra horaõ ("ver"). Embora essa palavra às vezes seja usada com o sentido de ver realidades invisíveis (cf. Lc 1:22; 24:23), com freqüência o seu sentido é o de ver com os olhos abertos.
João, por exemplo, emprega a mesma palavra (horaõ) quando diz que pessoas viram Jesus com seu corpo terreno antes da ressurreição (6:36; 14:9; 19:35) e quando o viram com o corpo ressurreto (20:18, 25, 29). Já que a mesma palavra para "corpo" (soma) é usada com referência a Jesus antes e depois da ressurreição (cf. 1 Co 15:44; Fp 3:21), e desde que a mesma palavra para "ver" (horaõ) é empregada nas duas ocasiões, não há razão para crer que o corpo ressurreto não tenha sido literalmente o mesmo corpo natural de Jesus.
Além disso, mesmo na frase "ele se deixou ser visto" (tempo aoristo passivo, ophthè, o sentido é que Jesus tomou a iniciativa de se mostrar aos discípulos, não que ele estivesse necessariamente invisível. A mesma forma ("Ele [eles] apareceu [apareceram]") é usada no AT grego (2 Cr 25:21), num livro apócrifo (1 Macabeus 4:6), e no NT (At 7:26) a respeito de meros seres humanos aparecendo em corpos físicos normais.
Nessa forma passiva, a palavra significa dar início a uma aparição em público, mover-se de um lugar em que a pessoa não está sendo vista para outro em que seja vista. Não significa necessariamente que esteja expressando que algo invisível por natureza tenha se tornado visível. Antes, o significado geralmente é mais "vir para onde possa ser visto".
Não há razão alguma, portanto, para entender que tal expressão esteja se referindo a alguma coisa naturalmente invisível que tenha se tornado visível, como alguns querem. Se assim fosse, isso significaria que aqueles seres humanos, em seus corpos antes da ressurreição, eram essencialmente invisíveis antes de serem vistos por outras pessoas.
Ainda, o mesmo evento que é descrito pela expressão "ele apareceu" ou "que ele seja visto" (aoristo passivo), tal como a aparição a Paulo (1 Co 15:8), é descrito também na voz ativa. Paulo escreveu acerca dessa mesma experiência em 1 Co 9:1: "Não vi Jesus, nosso Senhor?". Mas se o corpo ressurreto pode ser visto por um olho aberto, então ele não é invisível até que se faça visível por alguma pretendida "materialização".
Jesus desapareceu diante de seus discípulos também em outras ocasiões (veja Lc 24:51; At 1:9). Mas se ele podia desaparecer de repente, assim como aparecer, então sua capacidade de aparecer não pode ser tomada como evidência de que o seu corpo ressurreto era essencialmente invisível. Pela mesma razão sua capacidade de desaparecer de repente poderia então ser usada como evidência de que ele era essencialmente material e que de súbito podia tornar-se imaterial.
Finalmente, há muitas outras explicações racionais para o destaque dado às aparições que foram da iniciativa do próprio Jesus. Em primeiro lugar, elas eram a prova de que tinha vencido a morte (At 13:30-31; 17:31; Rm 1:4). Jesus disse: "Eu sou ... aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno" (Ap 1:18; cf. Jo 10:18). A tradução "foi visto" (1 Co 15:5ss) é um modo perfeitamente adequado para expressar o seu triunfo, de sua própria iniciativa. Ele foi soberano sobre a morte assim como sobre suas aparições após a ressurreição.
Há que se acrescentar ainda que ninguém presenciou o momento histórico em que a ressurreição ocorreu. Mas o fato de Jesus ter aparecido repetidamente com o mesmo corpo por cerca de quarenta dias
SOLUÇÃO: Que o corpo ressurreto de Jesus era um corpo essencialmente material, está bem claro a partir dos seguintes fatos. Primeiro, o corpo ressurreto de Cristo podia ser visto a olhos abertos durante suas aparições. Elas são descritas com a palavra horaõ ("ver"). Embora essa palavra às vezes seja usada com o sentido de ver realidades invisíveis (cf. Lc 1:22; 24:23), com freqüência o seu sentido é o de ver com os olhos abertos.
João, por exemplo, emprega a mesma palavra (horaõ) quando diz que pessoas viram Jesus com seu corpo terreno antes da ressurreição (6:36; 14:9; 19:35) e quando o viram com o corpo ressurreto (20:18, 25, 29). Já que a mesma palavra para "corpo" (soma) é usada com referência a Jesus antes e depois da ressurreição (cf. 1 Co 15:44; Fp 3:21), e desde que a mesma palavra para "ver" (horaõ) é empregada nas duas ocasiões, não há razão para crer que o corpo ressurreto não tenha sido literalmente o mesmo corpo natural de Jesus.
Além disso, mesmo na frase "ele se deixou ser visto" (tempo aoristo passivo, ophthè, o sentido é que Jesus tomou a iniciativa de se mostrar aos discípulos, não que ele estivesse necessariamente invisível. A mesma forma ("Ele [eles] apareceu [apareceram]") é usada no AT grego (2 Cr 25:21), num livro apócrifo (1 Macabeus 4:6), e no NT (At 7:26) a respeito de meros seres humanos aparecendo em corpos físicos normais.
Nessa forma passiva, a palavra significa dar início a uma aparição em público, mover-se de um lugar em que a pessoa não está sendo vista para outro em que seja vista. Não significa necessariamente que esteja expressando que algo invisível por natureza tenha se tornado visível. Antes, o significado geralmente é mais "vir para onde possa ser visto".
Não há razão alguma, portanto, para entender que tal expressão esteja se referindo a alguma coisa naturalmente invisível que tenha se tornado visível, como alguns querem. Se assim fosse, isso significaria que aqueles seres humanos, em seus corpos antes da ressurreição, eram essencialmente invisíveis antes de serem vistos por outras pessoas.
Ainda, o mesmo evento que é descrito pela expressão "ele apareceu" ou "que ele seja visto" (aoristo passivo), tal como a aparição a Paulo (1 Co 15:8), é descrito também na voz ativa. Paulo escreveu acerca dessa mesma experiência em 1 Co 9:1: "Não vi Jesus, nosso Senhor?". Mas se o corpo ressurreto pode ser visto por um olho aberto, então ele não é invisível até que se faça visível por alguma pretendida "materialização".
Jesus desapareceu diante de seus discípulos também em outras ocasiões (veja Lc 24:51; At 1:9). Mas se ele podia desaparecer de repente, assim como aparecer, então sua capacidade de aparecer não pode ser tomada como evidência de que o seu corpo ressurreto era essencialmente invisível. Pela mesma razão sua capacidade de desaparecer de repente poderia então ser usada como evidência de que ele era essencialmente material e que de súbito podia tornar-se imaterial.
Finalmente, há muitas outras explicações racionais para o destaque dado às aparições que foram da iniciativa do próprio Jesus. Em primeiro lugar, elas eram a prova de que tinha vencido a morte (At 13:30-31; 17:31; Rm 1:4). Jesus disse: "Eu sou ... aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno" (Ap 1:18; cf. Jo 10:18). A tradução "foi visto" (1 Co 15:5ss) é um modo perfeitamente adequado para expressar o seu triunfo, de sua própria iniciativa. Ele foi soberano sobre a morte assim como sobre suas aparições após a ressurreição.
Há que se acrescentar ainda que ninguém presenciou o momento histórico em que a ressurreição ocorreu. Mas o fato de Jesus ter aparecido repetidamente com o mesmo corpo por cerca de quarenta dias
(At 1:3) a mais de 500 pessoas diferentes (1 Co 15:6), em doze diferentes ocasiões, isso é uma incontestável evidência de que ele realmente levantou-se, com seu corpo físico, de entre os mortos.
Em resumo, a razão para o destaque nas várias aparições de Cristo não é porque o corpo ressurreto era essencialmente invisível e imaterial, mas antes para mostrar que ele era mesmo material e imortal. Sem o túmulo vazio e sem as repetidas aparições do mesmo corpo, que nele estivera enterrado, não haveria prova da ressurreição. Portanto, não é de todo surpreendente que a Bíblia tão fortemente destaque as muitas aparições de Cristo. Elas são a prova real da ressurreição física que ocorreu.
Em resumo, a razão para o destaque nas várias aparições de Cristo não é porque o corpo ressurreto era essencialmente invisível e imaterial, mas antes para mostrar que ele era mesmo material e imortal. Sem o túmulo vazio e sem as repetidas aparições do mesmo corpo, que nele estivera enterrado, não haveria prova da ressurreição. Portanto, não é de todo surpreendente que a Bíblia tão fortemente destaque as muitas aparições de Cristo. Elas são a prova real da ressurreição física que ocorreu.
MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia -
Norman Geisler - Thomas Howe.
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