PROBLEMA: A Bíblia dos judeus é dividida em três seções: a Lei, os Profetas e os Escritos. Muitos crêem que Jesus está se referindo a essa tríplice divisão, na frase: "na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos". Entretanto, no NT a forma padrão de referência a todo o AT por Jesus e pelos autores do NT é com a frase: "a lei e os profetas" (cf. Mt 5:17; Lc 24:27). Qual é correta?
SOLUÇÃO: A mais antiga referência às divisões ou seções do AT é a que estabelece duas partes: a Lei e os Profetas. Isso é verdade durante o período do exílio judeu (século VI a.C), tal como indicado por Daniel (9:2, 11, 13), e também depois do exílio (Zc 1:4; 7:7,12; cf. Ml 4:4,5). Referências ao AT continuaram entre o AT e o NT nos apócrifos (1 Macabeus 4:45; 9:27; 2 Macabeus 15:9), bem como na comunidade Qumran (Manual de Disciplina 9.11). Também, como indicado, essa é a forma padrão de se referir às divisões do AT no NT (cf. Mt 5:17; Lc 24:27).
Além disso, essa frase - "a lei e os profetas" - incluía todo o AT (todos os 39 livros), já que Jesus disse que se referia a "todas as Escrituras" (Lc 24:27). Incluía então tudo o que Deus tinha revelado por intermédio dos profetas até João Batista (Mt 11:13). De fato, a maneira enfática com que Jesus referiu-se a "um i ou um til" do AT, que não passariam jamais da lei e dos profetas (Mt 5:17-18), indica que ele estava se referindo a todo o AT.
Entretanto, aparentemente havia uma antiga alternativa de se dividir "os profetas" em duas seções, que vieram a ser conhecidas como "profetas e escritos". O prólogo do Eclesiástico (cerca de 132 a.C.) emprega uma divisão tríplice, assim como o fez o filósofo judeu Filo (cerca de 40 a.D.). Assim também o fez o historiador Josefo (37-100 a.D.) um pouco depois do tempo de Jesus (Contra Apion, 1.8), muito embora ele não tenha colocado exatamente os mesmos livros na sua divisão, como mais tarde o fizeram grupos judeus.
A moderna e tríplice classificação em Lei, Profetas e Escritos encontrada nas Bíblias judaicas de hoje é derivada do Talmude da Babilônia (cerca do século IV a.D.). Assim, as palavras de Jesus em Lucas 24:44 tanto podem referir-se a essa tríplice divisão como não. É interessante que ele não chamou a terceira parte de "Escritos", mas referiu-se apenas ao livro de "Salmos". Alguns crêem que ele o escolheu, entre os demais, somente por causa de sua importância como livro messiânico.
De qualquer forma, Jesus tinha acabado de se referir à dupla divisão padrão de "lei e profetas", chamando-a de "todas as Escrituras" (Lc 24:27).
SOLUÇÃO: A mais antiga referência às divisões ou seções do AT é a que estabelece duas partes: a Lei e os Profetas. Isso é verdade durante o período do exílio judeu (século VI a.C), tal como indicado por Daniel (9:2, 11, 13), e também depois do exílio (Zc 1:4; 7:7,12; cf. Ml 4:4,5). Referências ao AT continuaram entre o AT e o NT nos apócrifos (1 Macabeus 4:45; 9:27; 2 Macabeus 15:9), bem como na comunidade Qumran (Manual de Disciplina 9.11). Também, como indicado, essa é a forma padrão de se referir às divisões do AT no NT (cf. Mt 5:17; Lc 24:27).
Além disso, essa frase - "a lei e os profetas" - incluía todo o AT (todos os 39 livros), já que Jesus disse que se referia a "todas as Escrituras" (Lc 24:27). Incluía então tudo o que Deus tinha revelado por intermédio dos profetas até João Batista (Mt 11:13). De fato, a maneira enfática com que Jesus referiu-se a "um i ou um til" do AT, que não passariam jamais da lei e dos profetas (Mt 5:17-18), indica que ele estava se referindo a todo o AT.
Entretanto, aparentemente havia uma antiga alternativa de se dividir "os profetas" em duas seções, que vieram a ser conhecidas como "profetas e escritos". O prólogo do Eclesiástico (cerca de 132 a.C.) emprega uma divisão tríplice, assim como o fez o filósofo judeu Filo (cerca de 40 a.D.). Assim também o fez o historiador Josefo (37-100 a.D.) um pouco depois do tempo de Jesus (Contra Apion, 1.8), muito embora ele não tenha colocado exatamente os mesmos livros na sua divisão, como mais tarde o fizeram grupos judeus.
A moderna e tríplice classificação em Lei, Profetas e Escritos encontrada nas Bíblias judaicas de hoje é derivada do Talmude da Babilônia (cerca do século IV a.D.). Assim, as palavras de Jesus em Lucas 24:44 tanto podem referir-se a essa tríplice divisão como não. É interessante que ele não chamou a terceira parte de "Escritos", mas referiu-se apenas ao livro de "Salmos". Alguns crêem que ele o escolheu, entre os demais, somente por causa de sua importância como livro messiânico.
De qualquer forma, Jesus tinha acabado de se referir à dupla divisão padrão de "lei e profetas", chamando-a de "todas as Escrituras" (Lc 24:27).
MANUAL POPULAR de Dúvidas, Enigmas e "Contradições" da Bíblia -
Norman Geisler - Thomas Howe.
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"Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem. Não entristeçam o Espírito Santo de Deus, com o qual vocês foram selados para o dia da redenção. Livrem-se de toda amargura, indignação e ira, gritaria e calúnia, bem como de toda maldade. Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou vocês em Cristo." [Efésios 4:29-32 (NVI)]
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