SOLUÇÃO: Embora se trate basicamente do mesmo nome empregado nos documentos mitológicos que descrevem um monstro marinho chamado leviatã, não é de todo certo que Jó 41:1 esteja referindo-se a esse monstro. Alguns comentaristas propõem que esta seja uma referência a um grande crocodilo, e que o nome "leviatã" seja usado para dar ênfase à idéia de que ele não é controlável.
Além disso, expressões desse tipo são comuns hoje em dia, tal como acontece quando alguém se refere a um adversário como sendo "um monstro". Com isso não se quer dizer que monstros existem de fato. É apenas aplicar a característica terrível, que geralmente está associada à idéia de um monstro, a uma determinada pessoa ou coisa.
Finalmente, mesmo que se aceite que se trate de uma referência à criatura mencionada nas fábulas mitológicas, nesse texto poético a sua menção não é uma declaração de que ela realmente exista. Pode ser o caso de uma simples linguagem poética, fazendo uso da imagem de um monstro indomável, para assim ilustrar um determinado ponto.
Conquanto Jó seja um homem totalmente incapaz de domar essa terrível fera, Deus é todo-poderoso, e é ele que limita a ação tanto do homem como de uma fera como essa. Seria como se alguém dissesse hoje: "Jesus (crido como real, histórico) é mais forte do que o super-hornem (que é um mito)". As expressões poéticas com freqüência empregam figuras simbólicas num esforço de aumentar o impacto emocional da mensagem que está sendo transmitida. Entretanto isso não quer dizer, que o autor esteja aceitando a mitologia pagã que lhe permitiu fazer uso de tal figura.
De acordo com o meu ponto de vista, explanação perfeita.
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