O apóstolo Pedro disse a respeito das cartas inspiradas de Paulo que:
"Nas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras Escrituras..." (II Ped. 3:16).
Assim, durante os anos da década de 50, os líderes da Torre de Vigia foram além da interpretação, produzindo sua própria versão da Bíblia, com centenas de versos modificados para se ajustarem às doutrinas da Torre de Vigia. E a sua Tradução do Novo Mundo das Escrituras Sagradas continua a ser modificada com o passar dos anos, com as mudanças feitas para trazer a palavra de Deus a uma conformidade maior com o que a organização ensina.
Por exemplo, ao invés de "cruz", a Tradução do Novo Mundo usa a expressão "estaca de tortura" - para apoiar o ensinamento das testemunhas de Jeová de que Jesus foi pregado em um poste ereto sem trave horizontal. Ao invés de "Espírito Santo", nós achamos referências ao "espírito santo" ou "força ativa", reforçando a negação da deidade e personalidade do Espírito Santo feita pelas testemunhas de Jeová. Cristo fala não da sua segunda volta, mas de sua "presença" (que as testemunhas de Jeová acreditam ser invisível).
A Tradução do Novo Mundo sistematicamente se dispõe a eliminar a evidência da divindade de Cristo. Ao invés de "cair aos pés de Jesus para o adorar" as pessoas faziam "reverência" a ele. João 1:1 não mais afirma que "o Verbo era Deus", mas que "o verbo era deus". Jesus não disse: "Antes que Abraão existisse, eu sou". Mas, para evitar a associação com "EU SOU" de Êxodo 3:14, a declaração de Jesus se torna: "Antes de Abraão vir à existência, eu tenho sido".
Mas a mudança mais difundida na Bíblia da Torre de Vigia é a inserção do nome Jeová 237 vezes no Novo Testamento. É claro que é apropriado um tradutor escolher o nome Jeová ou Yahweh no Antigo Testamento onde o tetragrama YHWH realmente aparece no texto hebraico. Mas a Torre de Vigia foi além inserindo o nome Jeová no Novo Testamento, onde ele não consta nos manuscritos gregos. Basta verificar uma tradução do original dos textos gregos da Bíblia para notar que o nome Jeová não aparece ali.
Dois casos que se destacam na demonstração da linha doutrinária das Testemunhas de Jeová estão em Romanos 14:8,9 (onde a inserção do nome "Jeová" produz um lógico non sequitur no texto inglês) e Hebreus 1:6 (onde as edições anteriores diziam "E todos os anjos de Deus o adorem", mas em edições mais recentes - especialmente em língua inglesa a palavra "adorem" foi substituída por "reverenciem").
(Para considerações mais detalhadas, veja O Novo Testamento das Testemunhas de Jeová, Robert H. Countess [1982, Presbyterian and Reformed Publishing Co., 136 páginas, editado em inglês]).
ResponderExcluirOs manuscritos do Novo Testamento que temos hoje não são os originais. Os originais escritos por Mateus, João, Paulo e outros foram muito usados e, sem dúvida, se gastaram rapidamente. Por isso, fizeram-se cópias desses manuscritos, e quando essas se gastaram, foram feitas mais cópias. Dos milhares de cópias do Novo Testamento que existem hoje, a maioria foi feita pelo menos dois séculos depois que os originais foram escritos. Parece que naquela época os que copiavam os manuscritos trocavam o Tetragrama por Kúrios, ou Kýrios, a palavra grega para “Senhor”, ou copiavam de manuscritos onde essa troca já havia sido feita. *
Com isso em mente, é preciso que o tradutor determine se há evidências suficientes de que o Tetragrama aparecia mesmo nos manuscritos gregos originais. Essas provas existem? Veja os seguintes argumentos:
Jesus usava o nome divino quando citava ou lia o Velho Testamento. (Deuteronômio 6:13, 16; 8:3; Salmo 110:1; Isaías 61:1, 2; Mateus 4:4, 7, 10; 22:44; Lucas 4:16-21) Nos dias de Jesus e de seus discípulos, o Tetragrama aparecia em cópias do texto hebraico no que muitas vezes é chamado de Velho Testamento. O mesmo acontece hoje. No entanto, durante séculos os eruditos pensavam que o Tetragrama não aparecia nos manuscritos da tradução Septuaginta grega do Velho Testamento, bem como nos manuscritos do Novo Testamento. Mas, em meados do século 20, algo impressionante foi trazido à atenção dos eruditos: foram descobertos alguns fragmentos bem antigos da Septuaginta grega que existia nos dias de Jesus. Esses fragmentos contêm o nome pessoal de Deus escrito em caracteres hebraicos.
Jesus usava e divulgava o nome de Deus. (João 17:6, 11, 12, 26) Jesus disse claramente: “Vim em nome de meu Pai.” Ele também enfatizou que suas obras eram realizadas “em nome de [seu] Pai”. De fato, o próprio nome de Jesus significa “Jeová É Salvação”. — João 5:43; 10:25.
Nas Escrituras Gregas, o nome divino aparece na sua forma abreviada. Em Revelação (Apocalipse) 19:1, 3, 4, 6, o nome divino está incluído na expressão “Aleluia”, que significa literalmente “Louvai a Jah!”. Jah é uma forma abreviada do nome Jeová.
Antigos escritos judaicos indicam que os cristãos judeus usavam o nome divino em seus escritos. Uma coleção escrita de leis orais terminada por volta de 300 EC, chamada Tosefta, diz o seguinte sobre os escritos cristãos que eram queimados no sábado: “Os livros dos evangelistas e os livros do minim [considerados cristãos judeus] eles não salvam do fogo. Mas são queimados no lugar onde estão, . . . eles e suas referências ao Nome Divino.” A mesma fonte cita o Rabino Yosé, o Galileu, que viveu no início do segundo século EC, como dizendo que em outros dias da semana “devem-se recortar deles [dos escritos cristãos] as referências ao Nome Divino e escondê-las, e queimar o restante”. Assim, há fortes indícios de que os judeus do segundo século EC acreditavam que os cristãos usavam o nome Jeová nos seus escritos.
Desculpem-me irmão(ã),(responsável pelo blog) gostaria de saber de que denominação cristã(doutrina)vc ou vcs seguem?desde já agradeço pela atenção...
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